Bancos tradicionais têm o desafio de conquistar os jovens

A indústria financeira tradicional está sob ataque. O surgimento de fintechs e plataformas financeiras digitais acirrou a concorrência, impôs novos modelos de negócios e obrigou os grandes bancos a se reinventarem. Mesmo assim, eles estão perdendo a predominância em um grupo de consumidores vital em qualquer ramo de atividade: os jovens. Uma pesquisa global realizada pela alemã Mambu, empresa especializada em soluções para o setor financeiro, trouxe dados surpreendentes. O estudo revela que, no Brasil, 54% das pessoas entre 18 e 35 anos escolheram um banco digital como sua principal instituição financeira. Ok, essa faixa etária não detém o maior volume de recursos, mas ela, obviamente, representa o futuro. O caso brasileiro chama a atenção. Na média da América Latina, 83% da população ainda prefere as instituições clássicas. Diversos estudos mostram que o Brasil é um país aberto a novas tecnologias, o que se deve, sobretudo, aos jovens. É esse público que os bancões precisam fisgar.

BeFly quer ser a maior rede multimarcas do turismo

Depois de comprar a Flytour, maior agência de viagens de negócios do país, e a Queensberry, uma das mais tradicionais do mercado de luxo, o empresário mineiro Marcelo Cohen, presidente da holding BeFly, dá andamento ao projeto de consolidação da BeFly Travel. A marca de franquias venderá produtos de diversas operadoras e fornecedores e não apenas aqueles ligados à holding. Cerca de 30 operadoras deverão participar da iniciativa, que contará com 100 mil hotéis em seu ecossistema de
negócios.

Norte Energia obtém selo por atuação em Belo Monte

A Norte Energia obteve o selo "Aliança pelas Águas Brasileiras," concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo a empresa, o certificado é fruto do programa de recomposição da cobertura vegetal na região da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Sudoeste do Pará, da qual a Norte Energia é concessionária. Dos 12 projetos selecionados, três têm ações focadas na Amazônia. O da Norte Energia é o de maior valor, com aproximadamente R$ 250 milhões em investimentos.

Rede Mater Dei vai às compras

A rede mineira Mater Dei acelera a expansão. Foram duas aquisições em 2022 — e o ano mal começou. Ontem, anunciou a compra de 95% do Emec, tradicional hospital em Feira de Santana, na Bahia, por R$ 200 milhões. No começo do ano, foi a vez do Hospital Premium, de Goiânia, por um pouco mais: R$ 250 milhões. O apetite por aquisições aumentou após a abertura de capital, em abril 2021. Pouco depois, em julho, a Mater Dei incorporou 70% do Grupo Porto Dias, maior rede hospitalar do Norte do Brasil.

» As fusões e aquisições encerram 2021 com o melhor resultado desde 2010. Segundo a consultoria Bain & Company, as transações movimentaram US$ 66 bilhões no ano passado, o equivalente a US$ 345 bilhões. As grandes transações — aquelas acima de R$ 10 bilhões — representaram metade do valor total dos negócios fechados.

» A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) está otimista com os resultados de 2022. Segundo suas projeções, as vendas deverão crescer 13,8% em relação ao ano passado, chegando a R$ 181 bilhões. Para Glauco Humai, presidente da entidade, a abertura de novos shoppings deverá contribuir para o bom desempenho do setor.

» É curioso como a volta aos escritórios, o que deverá ocorrer em ritmo maior assim que a ômicron perder força, deverá estimular alguns setores. O mercado de beleza acredita que, com o retorno ao trabalho presencial, as vendas de produtos destinados a cuidados pessoais, como aparelhos de barbear e esmaltes para unha, tendem a aumentar.

» A crise econômica não chegou ao mercado de cervejas. Segundo números calculados pela consultoria Euromonitor a pedido do Sindicerv, o sindicato da indústria, no ano passado o consumo da bebida subiu 7,7% em relação a 2020 — e isso mesmo com o cancelamento de eventos importantes para o setor, como o carnaval e shows.