A dívida pública federal cresceu 0,05% em janeiro sobre dezembro, para R$ 5,616 trilhões, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (23/2), pelo Tesouro Nacional. O mesmo relatório diz que a reserva de liquidez (ou colchão) da dívida pública caiu 4,51%, de R$ 1.185,89 bilhão, em dezembro, para R$ 1.132,46 bilhão, em janeiro.
O resgate de títulos no mercado interno superou novas emissões, mas, ainda assim, a apropriação de juros empurrou a dívida mobiliária federal interna para alta — com alta de 0,33%, para R$ 5,367 trilhões.
A dívida pública externa registrou redução, de 5,77%, a R$ 249,4 bilhões, enquanto a alta da dívida interna foi acompanhada por novo aumento do custo médio das emissões feitas em leilões no mercado doméstico, que ficou em 8,61%, ante 8,49% em dezembro.
De acordo com Luis Felipe Vital Nunes Pereira, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública (Codip), embora ainda não seja possível precisar, o cenário internacional afeta a agenda comercial interna como reflexo das negociações globais. “Existem aqueles investidores com perfis mais oportunistas que conseguem aproveitar melhores situações de taxas de câmbio”, disse.
Reserva
A reserva de liquidez da dívida pública compreende as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos. Ela constitui um subconjunto das disponibilidades de caixa depositadas na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central.
Em dezembro, a reserva de liquidez no Brasil era R$ 1.185,89 trilhão e, em janeiro, registrou redução para R$ 1.132,46 trilhão. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 805,68 bilhões), houve aumento, em termos nominais, de 40,56%.
Está previsto para os próximos 12 meses o vencimento de R$ 1.309,67 bilhão da DPMFi, de acordo com o mesmo relatório.
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