O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que “o pico da inflação da inflação em 12 meses no Brasil deve acontecer entre abril e maio”. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (11/2) no Encontro da Esfera Brasil “O comportamento monetário em 2022”, promovido em São Paulo (SP).
"A gente tinha uma percepção de que veria o pico da inflação perto de dezembro e janeiro, (mas) a gente viu uma quebra de safra, que não é pouco relevante. A gente estava vendo o petróleo indo para US$ 60, ele voltou, indo para acima de US$ 90", disse Campos Neto. Segundo ele, isso gerou uma quebra de percepção em relação ao que era pico. "A gente imagina, hoje, que será alguma coisa entre abril e maio, depois vai ter uma queda da inflação um pouco mais rápida", adiando novamente as projeções apresentadas pela autarquia.
Em declarações ao longo dos últimos meses, o presidente do BC vinha alterando essas previsões. Ele chegou a prever o topo da inflação para setembro do ano passado, depois passou a afirmar que o pico seria atingido no início deste ano.
Campos Neto ressaltou ainda que a autoridade monetária usará todas as ferramentas para trazer a inflação para a meta. Ele afirmou que o Brasil "saiu na frente" e está mais acelerado no ciclo de aperto monetário, na comparação com outros países. No evento, o presidente do BC também disse que o comportamento do preço do petróleo está entre as causas da revisão da estimativa.
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