Em protesto por reajuste salarial, servidores públicos federais realizam, hoje, uma nova paralisação. As categorias vão aproveitar o ato para realizar uma plenária nacional — de forma digital — entre integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef), que representa servidores do chamado carreirão, e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), representante da elite do funcionalismo.
O objetivo da reunião é unificar procedimentos de Fonasef e Fonacate nos próximos dois meses. Caso as negociações com o governo não avancem, uma greve geral pode ser iniciada a partir de 9 de março. Lideranças sindicais relatam que não receberam, até agora, resposta do governo às reivindicações.
Em ofício encaminhado ao Ministério da Economia, os presidentes do Fonacate, Rudinei Marques, e do Fonasef, Carlos David de Carvalho Lobão, pedem uma audiência em 2 de fevereiro para tratar do reajuste salarial de 19,99% — abaixo das perdas inflacionárias de quase 28% acumuladas de 2017 até agora, segundo cálculos das entidades.
"Caso não haja reajuste, o Bolsonaro será o único presidente da República, em 20 anos, a não dar reposição linear ao funcionalismo. Estamos pedindo recomposição parcial (19,99%) das perdas inflacionárias, sequer estamos pedindo a recomposição integral, que seriam quase 28% de reajuste'', disse Rudinei Marques.
Além disso, há também pedido de arquivamento da reforma administrativa e revogação do teto de gastos, que, segundo os líderes do movimento, estão ligados ao sucateamento do serviço público.
A data de 2 de fevereiro foi escolhida pois marca também o retorno do calendário Legislativo. Os servidores querem aproveitar a data para fazer um ato na Praça dos Três Poderes e entregar ofícios ao Congresso, ao STF e À Casa Civil da Presidência da Republica.