Depois de finalizar 2020 em 88,6% do PIB e chegar ao pico de 89% em fevereiro do ano passado, a dívida líquida do setor público seguiu uma trajetória de queda nos últimos meses e terminou 2021 em 80,3% do PIB. Esse é o menor percentual anual desde 2019, quando fechou aos 74,4%. Os dados estão no relatório das Estatísticas Fiscais divulgado nesta segunda-feira (31/1), pelo Banco Central (BC). A dívida pública é o balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais.
O BC afirma que o resultado mostra uma redução anual da relação Dívida Líquida do Setor Público (DLSP/PIB) de 5,3 pontos percentuais do PIB. A autarquia aponta que o resultado reflete, sobretudo, efeitos da desvalorização cambial acumulada no ano de 7,4%, (redução de 1,2 ponto percentual).
“Também reflete efeitos do crescimento do PIB nominal (redução de 8,7 pontos percentuais), do superavit primário (redução de 0,7 ponto percentual), “parcialmente contrabalançados pelos juros nominais apropriados (aumento de 5,2 pontos percentuais) e pela variação da paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (aumento de 0,4 ponto percentual)”, aponta o BC.
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais — chegou a R$ 7 trilhões ou 80,3% do PIB.
“No ano, a relação DBGG/PIB reduziu-se 8,3 pontos percentuais, resultado sobretudo do crescimento do PIB nominal (redução de 12,3 pontos percentuais), dos resgates líquidos de dívida (redução de 2,1 pontos percentuais), da incorporação de juros nominais (aumento de 5,8 pontos percentuais) e da desvalorização cambial (aumento de 0,4 ponto percentual)”, diz a autoridade bancária.
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