O preço baixo dos ativos, o real desvalorizado e as boas perspectivas para o valor das commodities tem atraído investidores estrangeiros para a bolsa brasileira. Até 25 de janeiro, a turma do exterior deixou um saldo positivo de R$ 21 bilhões na B3, e analistas dizem que a tendência deverá se manter nos próximos meses. O movimento começou a ganhar força no ano passado. Apesar da queda de 12% do Ibovespa em 2021, o volume de recursos estrangeiros na bolsa de São Paulo encerrou o ano no azul (foram R$ 102 bilhões em termos líquidos). Segundo especialistas, a recuperação da economia chinesa é outro fator que beneficia países dependentes das commodities, como é o caso do Brasil. Portanto, não se trata de um fenômeno momentâneo. Ontem, o Ibovespa perdeu fôlego após a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sinalizou para um cenário de alta do juro "em breve". Ainda assim, o índice fechou a sessão com avanço de 0,98%.
Shein é aplicativo de moda mais baixado no país
Os chineses não estão para brincadeira. Em 2021, o aplicativo de moda mais baixado pelos brasileiros foi o da Shein, loja do país asiático especializada em roupa feminina. Segundo o banco Goldman Sachs, foram feitos 23,8 milhões de downloads do app da Shein no ano passado, à frente de marcas consagradas no mercado nacional como Renner e C&A. "A Shein está ganhando escala rapidamente no Brasil, embora ainda esteja em uma operação de comércio eletrônico transfronteiriço puro", disse o Goldman Sachs.
Brasil não vê
a cor do dinheiro dos fundos climáticos
O Brasil desperdiça oportunidades de negócios ligados a sustentabilidade. Segundo dados apurados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), enquanto a Ásia recebeu, no ano passado, 38% dos recursos provenientes de fundos climáticos, a América Latina e o Caribe ficaram com apenas 4,5% do total. Diante de sua vocação ambiental, o Brasil deveria ser um dos líderes globais na captação desse tipo de recurso. Para a CNI, é preciso criar um projeto nacional que estimule a economia de baixo carbono.
Chinês TikTok é a marca
que mais cresce
Apple, Amazon e Google que se cuidem. A marca que mais cresce no mundo é o aplicativo chinês TikTok, conforme ranking realizado pela consultoria britânica Brand Finance. O valor do app saiu de US$ 18,7 bilhões em 2021 para US$ 59 bilhões em 2022 — um salto de 215%. Na lista das 500 marcas mais valiosas, porém, a Apple se manteve na liderança, com avaliação de mercado de US$ 355,1 bilhões. A única empresa brasileira no ranking é o Itaú. Na 335ª colocação, o banco foi cotado em US$ 6,6 bilhões.
» O Conglomerado Alfa registrou um crescimento de 35% no volume de financiamento de veículos de janeiro a novembro de 2021 diante de igual período de 2020. Segundo o diretor Marcelo Bauer, o incremento foi obtido principalmente pelos automóveis de consumo sustentável (flex, elétricos e híbridos), que representaram 70% do total de carros financiados pelo banco.
» Os bares e restaurantes tiveram boa recuperação em dezembro. As vendas no mês aumentaram 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda estão 7% abaixo dos níveis pré-pandemia. Esperava-se que o início de 2022 marcaria a plena retomada, mas o avanço da variante ômicron levou à queda do movimento nos estabelecimentos.
» Depois de instalar de maneira experimental um espaço pet em uma de suas unidades, a empresa de telecomunicações Vivo decidiu ampliar o projeto para 180 lojas. Elas terão um lugar específico para receber os animais, com água, saquinho de lixo e lenços umedecidos. A onda pet-friendly veio para ficar.
» A falta de insumos, um tormento que se estendeu ao longo de 2021, continua a afetar a indústria brasileira em 2022. Segundo levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas, quatro em cada 10 fabricantes do país relatam escassez de matéria-prima. Plástico e aço estão em falta.
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