Em dezembro, o nível de atividade e o emprego da Indústria da Construção apresentaram recuo, como é usual para o período. Mas as quedas foram menos intensas do que em anos anteriores, reforçando o bom momento do setor. Os dados são da Sondagem Indústria de Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta segunda-feira (24/1).
A falta e o alto custo das matérias-primas continuam prejudicando o segmento, liderando o ranking de principais problemas pelo sexto trimestre consecutivo. Vale ressaltar, contudo, que o percentual de empresas afetadas caiu 9,8 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o primeiro trimestre de 2021 e 6,9 p.p., apenas no quarto trimestre do ano, indicando que o problema começa a ceder entre os principais problemas da construção.
Além disso, com o aperto da política monetária cresce a preocupação com as taxas de juros elevadas, que atingirão 21,3% das empresas no quarto trimestre de 2021. É um crescimento de 11,6 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre do ano. O índice de confiança do empresário da construção permanece elevado. Da mesma forma, os empresários do setor seguem com expectativas otimistas.
Melhor dezembro
Em dezembro, a atividade na Indústria da Construção recuou pelo segundo mês consecutivo. Esse é um movimento normal para o último mês de cada ano. No entanto, a construção teve o menor recuo para o mês desde 2010. O índice do nível de atividade ficou em 48,2 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa aumento de queda do nível de atividade.
Isso demonstra queda do nível de atividade em dezembro. Entretanto, é o melhor para o mês de dezembro desde 2010 (que havia ficado em 50,5 pontos).
O emprego também recuou. O índice do número de empregados ficou em 48,6 pontos, abaixo da linha divisória que separa o aumento da queda do emprego, indicando recuo do número de empregados em dezembro frente a novembro. No entanto, é o menor recuo para dezembro desde o início da série histórica do índice, em 2011.
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