O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (17/1) que a inflação terá redução neste ano, após fechar 2021 em alta de 10,06%, maior nível desde 2015.
"Passamos ainda momentos difíceis pós-pandemia no tocante à economia, em especial. Mas o Brasil é o país que menos está sofrendo nessa questão perante o mundo, apesar de reconhecer a inflação, o aumento de muitos preços. Temos que lutar. Mas vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar este ano", apontou em entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES).
Bolsonaro voltou a culpar governadores e prefeitos pelo aumento nos preços por conta de medidas restritivas adotadas em meio à pandemia.
"Como consequência da pandemia e da política do 'fica em casa, a economia a gente vê depois', tivemos inflação bastante alta nos alimentos e nos combustíveis. Isso aconteceu no mundo todo, mas no Brasil sofremos menos", pontuou.
"A inflação no ano passado bateu 10%. 2014, 2015 também bateu 10%, sem qualquer coisa anormal, como, por exemplo, tivemos a pandemia. Peço a Deus que, realmente, o Brasil esteja caminhando para o fim da pandemia para nós voltarmos à nossa normalidade", completou.
No último dia 10, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,73% em dezembro e, com isso, o indicador da inflação oficial encerrou 2021 com alta acumulada de 10,06%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vacinação de crianças
Bolsonaro também voltou a criticar a aplicação da vacina contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. "Vamos cada um respeitar a posição do outro. Quem é contra, ou quem é a favor. Seja o que for. Vamos tentar convencer o outro lado, caso não possamos convencê-lo, vamos, aqui, seguir a nossa vida, não vamos brigar entre nós. Afinal de contas, o bem maior que nós temos é a nossa liberdade".
Por fim, o chefe do Executivo ressaltou que sua defesa contra a imunização em crianças não deve ser motivo de desentendimentos entre ele a população.
"Nós não podemos perdê-la por ter diferenças entre nós. Quem quer tomar vacina, toma. O governo comprou 400 milhões de doses. Quem não quer tomar, a gente respeita. O seu filho de 5 a 11 anos, se você, pai, quiser que ele tome a vacina, ele vai tomar. Se você achar que não deve tomar, é um direito teu. Isso foi decidido pelo Ministério da Saúde e foi lá acolhido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os nossos filhos são os nossos maiores patrimônios. Assim sendo, pense bem, se você quer ou não vacinar o seu filho. Essa decisão é sua", concluiu.
No último dia 12, o presidente sugeriu que a nova variante da covid-19, a ômicron, é "bem-vinda".
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