O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (12/1) que a culpa pela inflação de dois dígitos é das medidas de distanciamento social adotadas em meio à pandemia da covid-19.
"Em 2014 ou 2015, a inflação foi de 10%. Me aponte qual crise aconteceu nesses dois anos? Não teve crise nenhuma. Tivemos a questão da covid. Com a política do 'fique em casa', a cadeia produtiva sofreu solavancos, e aí a inflação é uma questão natural. Pelo menos 38 milhões de trabalhadores informais perderam o seu ganho", afirmou em entrevista à Gazeta Brasil.
A inflação terminou 2021 com variação acima de 10% pela primeira vez desde 2015, corroendo a renda e o poder de compra da população. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,73% em dezembro, acima das estimativas do mercado, resultando em uma variação de 10,06% no acumulado do ano. Isso significa que, em cada R$ 1 mil de salário do trabalhador, R$ 100 foram engolidos pelo dragão da inflação ao longo de 2021.
Bolsonaro também comentou o aumento dos preços dos combustíveis. Na terça-feira (11), a Petrobras divulgou aumento nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias a partir de hoje. Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. No caso do diesel, o preço subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Ao comentar o aumento, o chefe do Executivo disse que, se pudesse, ficaria livre da Petrobras.
Saiba Mais
- Política Bolsonaro sugere que variante é "bem-vinda" e minimiza efeitos da ômicron
- Política Bolsonaro sobre possível nova CPI da Covid: "Raldolfe vive de Carnaval"
- Política "Pretendo ir a todos os debates", diz Bolsonaro ao relembrar facada
- Política Vacina: Bolsonaro cobra da Anvisa "antídoto" para "possíveis efeitos colaterais"
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.