A reunião do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com servidores do órgão para negociar sobre o reajuste salarial está mantida para amanhã (11/01). Campos Neto foi diagnosticado com covid-19 no último sábado (08/01) e havia dúvidas sobre a permanência da reunião em sua agenda do chefe do BC.
Ao Correio, o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central, adiantou, ainda no último sábado, que o compromisso estava mantido, já que o encontro seria feito de forma virtual. Nesta segunda-feira (10/01), ele confirmou que o encontro segue marcado para amanhã, e deve começar entre 14h e 14h30.
Os servidores do Banco Central estão mobilizados desde o último dia 3, quando começaram a entregar cargos comissionados, em protesto pelo reajuste de salário. O principal objetivo era conseguir uma conversa com o presidente do BC para pressioná-lo a utilizar sua influência junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para conseguir avançar no tema.
Do lado do governo, no entanto, as coisas andam nebulosas. O Ministério da Economia não respondeu às tentativas de contato de sindicatos de servidores e há perspectivas de paralisações neste mês e uma provável greve geral em fevereiro, que pode parar serviços essenciais da máquina pública.
No fim de semana, Bolsonaro chegou a despistar sobre os reajustes que, inicialmente, estavam previstos apenas para policiais. Ele afirmou que, até o momento, “não está garantido para ninguém”.
O chefe do Executivo justificou que havia uma reserva de quase R$ 2 bilhões para o reajuste da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e para os agentes do sistema prisional, mas a situação ficou insustentável depois que outras categorias passaram pedir aumento também.
"Outras categorias viram isso e disseram 'eu também quero', e veio essa onda toda”, disse ele, durante a festa de aniversário do Advogado-Geral da União, Bruno Bianco, realizada no sábado. A declaração vai na linha do que disse o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), na semana passada. O parlamentar defendeu, como meio para acabar com a revolta dos servidores, não dar reajuste a nenhuma categoria.
No caso dos servidores do Banco Central, além da demanda por reajuste, o Sinal também batalha repor vagas dentro do órgão, que está com deficit. O BC não tem concurso desde 2013 e não há, em 2022, perspectivas de abertura de novo edital, apesar do pedido feito pelo próprio Campos Neto ao Ministério da Economia em 2021.
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