FOCUS

Mediana das projeções do mercado para alta do PIB de 2022 recua de 0,36% para 0,28%

Relatório semanal do Banco Central mostra nova redução das estimativas de crescimento da economia do país neste ano, para 0,28%

Agência Estado
postado em 10/01/2022 10:23 / atualizado em 10/01/2022 11:11
 (crédito: cb)
(crédito: cb)

O cenário de crescimento econômico do Brasil em 2022 continuou a piorar no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (10/01). A projeção para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano minguou de 0,36% para 0,28%. Há um mês, estava em 0,50%. Para 2021, a mediana continuou em 4,50%, de 4,65% há quatro semanas.

Considerando apenas as 34 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 passou de 4,46% para 4,48%. Para 2022, também foram feitas 34 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa cedendo de 0,28% para 0,25%.

Para 2023, a projeção de crescimento também caiu, de 1,80% para 1,70%, de 1,90% há um mês. Para 2024, a estimativa seguiu em 2%, mesma taxa de quatro semanas atrás.

O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à baixa quantidade de respostas para esse indicador.

Deficit primário

O Relatório de Mercado Focus mostrou nova melhora na relação entre deficit primário e o PIB de 2021, com a estimativa se aproximando de zero. A mediana passou de 0,13% para 0,05%. No caso deste ano, a relação passou de 1,05% para 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 0,60% e 1,20%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 passou de 5,60% para 5,40%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, variou de 7,40% para 7,75%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 5,70% e 7,10%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

No boletim de hoje, a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 caiu de 58,75% para 58,25%. Há um mês, estava em 58,95%. Para 2022, a expectativa passou de 63% para 62,48%, ante 63% de um mês atrás.

Os economistas do mercado financeiro pioraram a projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, de US$ 21,59 bilhões para US$ 24,25 bilhões. Há um mês era negativa em US$ 21,50 bilhões. Para 2021, as estimativas pioraram de US$ 20 bilhões para US$ 22,84 bilhões, de US$ 19,50 bilhões de um mês atrás.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 continuou em US$ 52 bilhões, mesmo valor de um mês antes. Para 2022, a expectativa passou de US$ 58,05 bilhões para US$ 58 bilhões, ante US$ 58,10 bilhões de um mês antes.

No caso da balança comercial em 2022, a estimativa de superávit aumentou de US$ 55 bilhões para US$ 55,50 bilhões, de US$ 55,80 bilhões de um mês atrás.

 

 

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