A exportação de cachaça cresceu 30% em 2021, segundo dados do governo federal compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). A bebida é a segunda mais consumida no Brasil entre aquelas que possuem álcool — atrás apenas da cerveja — e o terceiro destilado produzido localmente mais consumido no mundo, perdendo apenas para a Vodca na Rússia e o Soju, da Coreia do Sul.
Em comparação com 2020, os valores também cresceram consideravelmente, com um aumento de 38,39%. Entre os países que mais importaram a bebida brasileira no ano passado estão Estados Unidos, Alemanha e Paraguai. O produto é exportado, atualmente, para 67 países.
Só os EUA importaram US$ 3,48 milhões, o que corresponde, em valores atuais, a R$ 19,6 milhões. Esse valor representa um aumento de 56% com relação ao ano anterior. A exportação para a Alemanha aumentou em 41,37%, chegando a US$ 1,88 milhão (R$ 10,59 milhões). Já o Paraguai importou o equivalente a R$ 7,44 milhões.
Entre os principais estados exportadores, em termos de valor, São Paulo e Pernambuco lideram o ranking de 2021, com o total de US$ 6,09 milhões e US$ 1,84 milhão exportados, respectivamente. Na 3ª, 4ª e 5ª posição estão o Rio de Janeiro (US$ 1,30 milhões), Paraná (US$ 1,23 milhões), Minas Gerais (US$ 1 milhão).
Já em Volume, São Paulo (3,15 milhões de litros) e Pernambuco (1,95 milhão de litros) se destacam novamente, seguidos do Paraná (1,15 milhão de litros), Rio de Janeiro (378 mil litros) e Minas Gerais (248 mil litros).
Segundo Carlos Lima, diretor executivo Ibrac, as exportações de 2021 se aproximaram dos índices de 2019, período pré-pandemia, o que traz otimismo para o setor. “Acreditamos que a reabertura dos estabelecimentos, juntamente com a maior movimentação do comércio entre os países e a liberação de feiras e eventos presenciais, podem potencializar essa retomada”, pontuou.
Além do fechamento de bares e restaurantes, o setor de cachaça também enfrentou escassez de insumos para a produção das bebidas. A crise na indústria de vidro, que resultou na falta de garrafas, atingiu em cheio os fabricantes de bebidas alcoólicas. “Apesar desses desafios, conseguimos observar números de crescimento muito animadores para o setor em 2022”, completou Lima.
Os dados, recolhidos pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, ainda podem sofrer pequenas alterações em fevereiro, já que as informações enviadas por exportadores e importadores costumam sofrer atualizações.
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