As principais instituições financeiras não esperam muito do PIB brasileiro em 2022. Com o ambiente macroeconômico desajustado e a elevada temperatura política trazida pela eleição, é praticamente certo que o país dificilmente sairá do lugar no ano que vem. Ou pior: talvez a economia até ande para trás. O Itaú, por exemplo, projeta queda de 0,5%. "O primeiro trimestre de 2022 se beneficiará de um crescimento forte e pontual do PIB agropecuário, mas esperamos contração nos trimestres subsequentes", escreveu o banco em relatório. Por sua vez, a XP acredita que o PIB ficará no zero a zero. "A combinação de um alto nível de dívida em relação ao PIB (83%, um dos maiores entre mercados emergentes) com taxas de juros muito elevadas é muito desafiadora", disse a empresa. Bradesco e Santander estão um pouco mais otimistas, mas não muito: suas estimativas são de crescimento de 0,8% e 0,7%, respectivamente. Seja como for, o Brasil mais uma vez terá um ano pouco inspirador.