CONJUNTURA

Mercado reduz para 10,05% previsão de inflação após 35 semanas de alta

Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (13/12) pelo BC, passou a prever também uma alta menor do nível de atividade e um crescimento mais intenso do juro básico da economia no próximo ano

Após 35 semanas de altas nas previsões do mercado financeiro, economistas reduziram a estimativa da inflação para 2021. Os dados são do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (13/12) pelo Banco Central (BC), e foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Segundo o relatório, a projeção dos analistas para a inflação de 2021 recuou de 10,18% para 10,05%. Porém, a previsão se mantém em dois dígitos. Se confirmada, será a primeira vez que a inflação atingirá dois dígitos desde 2015, quando somou 10,67%. Essa melhora na previsão da inflação aconteceu após desaceleração do IPCA de novembro, de 0,95%, depois de ter registrado taxa de 1,25% em outubro. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro.

Outro ponto que o Focus previu é de que o centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, ela será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação. Há duas semanas, o Focus mostrou que o mercado previu a inflação no teto da meta em 2022.

Segundo as projeções divulgadas nesta segunda-feira, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.

O mercado financeiro manteve estável em 5,02% a estimativa de inflação. Com isso, a inflação segue acima do teto do sistema de metas para o ano que vem.

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