A elite do funcionalismo público planeja fazer greves no início de 2022 em busca de reajustes salariais para compensar as perdas com a inflação. O calendário de assembleias e paralisações foi definido em reunião realizada nesta quarta-feira (29/12) pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que representa 37 entidades associativas e sindicais totalizando 200 mil servidores públicos.
Com salários congelados desde 2017, servidores de órgãos como Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal e Tesouro Nacional planejam intensificar em janeiro as mobilizações para pressionar o governo. A primeira greve, uma mobilização nacional, já está marcada para o próximo dia 18.
Ainda nas duas primeiras semanas de janeiro, a Fonacate pretende levar demandas aos órgãos competentes para “demonstrar que as tentativas de negociação foram frustradas”. A ideia, então, é publicar convocações de assembleia no Diário Oficial da União e realizá-las entre os dias 10 e 14 de janeiro.
Nesse mesmo período, segundo o calendário divulgado, os servidores planejam entregar cargos em comissões em órgãos públicos e promover manifestações de diversas categorias.
Já nos dias 25 e 26 de janeiro as mobilizações nacionais retornam. Os servidores se reunirão na primeira semana de fevereiro para realizar novas assembleias para decidir sobre uma eventual greve geral.
Os servidores alegam que têm sofrido perdas inflacionárias com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa de 27,2%. Segundo cálculos divulgados pelo Fonacate, a estimativa é que, durante o governo Bolsonaro, essa perda salarial por causa da inflação chegue a 26,3%.
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