Os pequenos negócios já são responsáveis por cerca de 30% do PIB brasileiro e movimentam R$ 80 bilhões aos cofres públicos. E, em meio à pandemia, foram criados 4,2 milhões micro e pequenas empresas no Brasil. O setor é, portanto, de grande importância na movimentação da economia em um cenário de altas taxas de desemprego, surgimento de novos negócios e adequações para a realidade pandêmica. É o que afirma Carlos Melles, presidente nacional do Sebrae, em entrevista ao CB.Poder desta terça-feira (21/12). O programa é uma parceria do Correio com a TV Brasília.
Melles conta que 50% dos pequenos negócios brasileiros solicitaram crédito ao Sebrae ao longo da crise sanitária. Para ele, as dificuldades enfrentadas durante o período de isolamento e de retomada das atividades deram a esses empreendimentos a sua devida valorização. “Nesse ambiente de dificuldade, nós percebemos a importância das micro e pequenas empresas para o país. É um mundo de micro e pequenas empresas, sempre com mais de 70% de todos os empregos gerados oficialmente”, destaca.
Segundo o entrevistado, a maior contribuição dessa esfera para a economia é a geração de empregos, vista como um desafio por todos os pré-candidatos à Presidência da República.
Melles afirma que o Sebrae está “facilitando cada vez mais a criação do Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas) e criando fundos garantidores de crédito, que talvez seja o mais importante nessa recuperação”, na intenção de potencializar os efeitos das micro e pequenas empresas na cena do país.
O presidente nacional do Sebrae aponta como sendo a maior dificuldade dos empreendedores a alta dos índices de inflação, das taxas de juros e dos preços da energia.
Segundo ele, a instituição fez grande diferença no enfrentamento desses percalços em meio à pandemia. “Soubemos aproveitar a crise e as oportunidades. Posso dizer que o Sebrae ajudou muito. Ele esteve presente esse tempo todo com aquela máxima: o Sebrae que o Brasil precisa, socorrendo, atendendo e apoiando na hora e no momento certo”, ressalta.
Auxílio emergencial
O entrevistado também lembra as ações do governo federal e do Congresso para incentivar as modalidades, e aquecer a economia, citando o auxílio emergencial: “Foi uma política pública de grande importância para o Brasil. A medida provisória do BEm também foi muito positiva para o país, e o crédito, que era muito obscuro”.
Na opinião do especialista, mais facilidades ao micro e pequeno empresário devem ser aprovadas em 2022. Ele alegou que “o Congresso é sempre muito responsável e solidário com tudo aquilo que trata da micro e pequena empresa brasileira”.
Confira também em versão podcast:
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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