E o Brasil perdeu mais uma chance para fazer as reformas

Correio Braziliense
postado em 20/12/2021 00:01

A reforma administrativa está parada no Congresso desde setembro. A tributária empacou. Entregue pelo governo em julho de 2020, a primeira etapa não avançou na Câmara e sequer tem um relatório formalizado. Ambas eram tratadas como prioridade no início da gestão Bolsonaro — pelo menos era isso o que o ministro Paulo Guedes dizia —, mas, pelo visto, ficarão apenas no campo das ideias, já que a energia dos políticos em 2022 certamente será empregada na eleição. O Brasil perdeu uma oportunidade única. Ao contrário de outras ocasiões, a sociedade agora parecia disposta a apoiar as mudanças do Estado. Indiferente a esse movimento, o governo sequer foi capaz de aproveitar a onda reformista. As duas reformas, ressalte-se, são vitais para melhorar a situação fiscal do país e abrir espaço nas contas públicas para a ampliação dos investimentos. Sem elas, a chance de o país sair do atoleiro é muito menor.

O doce 2021 da Kopenhagen

O brasileiro adora chocolate. Pelo menos é isso o que faz supor o ótimo desempenho em 2021— em plena crise, portanto —, do Grupo CRM, dono das marcas Kopenhagen, Chocolates Brasil Cacau e Kop Koffee. A empresa chegou a 900 lojas franqueadas, o que representa um acréscimo de 12% sobre 2020. Em 2022, o número chegará a mil. De acordo com os dados mais recentes, a produção da indústria de chocolates cresceu 44% de janeiro a setembro ante o mesmo período anterior.

Chinesa Byd quer fabricar carros elétricos no Brasil

A montadora chinesa Byd tem planos para produzir carros elétricos no Brasil. A marca chegou ao país em 2012 e, desde então, vê o mercado nacional como sua principal aposta na América Latina. Atualmente, possui três fábricas em solo brasileiro. Em Campinas, no interior de São Paulo, são duas unidades: uma de painéis fotovoltaicos e outra de chassis de ônibus elétricos. No ano passado, inaugurou a primeira fábrica de baterias de lítio no Brasil, instalada no Polo Industrial de Manaus.

Na moda, recuperação completa só em 2023

A indústria têxtil e de vestuário está longe de recuperar os estragos provocados pela pandemia. Segundo a empresa de inteligência de mercado Iemi, 5,6 bilhões de peças de roupas serão produzidas no país em 2021, o que representará um avanço de 12,6% sobre 2020. Ainda assim, o número ficará 5,6% abaixo dos níveis de 2019. A expectativa é que a recuperação completa ocorra apenas em 2023. Segundo consultores do setor, as dificuldades são resultado direto da queda de renda dos brasileiros.

» A atriz Giovanna Antonelli está feliz da vida. O faturamento da rede de clínicas de estética GiOlaser, fundada por ela em 2013, cresceu 333% em 2021. O desempenho se deve à abertura de 160 unidades no ano, que agora totalizam 300. Antonelli detém 31% da marca e a principal sócia é Carla Sarni, da rede Sorridents.

» A Volkswagen reduziu a projeção de produção de carros em 2021 de 9,3 milhões para 9 milhões de unidades. O motivo é um velho conhecido: a escassez de chips, que paralisou fábricas ao longo do ano. O cenário para 2022 não é animador. No pior dos cenários, a Volks estima a fabricação de 8 milhões de carros. No melhor, repetirá o resultado de 2021.

» Um pedido de desculpas e a devolução de US$ 105 milhões. Eis a punição imposta a Steve Easterbrook, que presidiu o McDonald's de 2015 e 2019, quando foi demitido depois de subordinadas o acusarem de assédio sexual. O valor corresponde ao pacote de indenização que ele havia recebido na ocasião de seu afastamento.

» A Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora de produtos da marca no mundo, comprou 100% da CVI Refrigerantes. A CVI possui uma fábrica em Santa Maria (RS) e três centros de distribuição que abastecem 13,5 mil pontos de venda acessados por 2,8 milhões de consumidores. As empresas não revelaram o valor da transação.

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