O banco central britânico elevou sua taxa básica de juros para 0,25% nesta quinta-feira (16/12), na esteira do aumento das pressões inflacionárias no Reino Unido, e tornou-se o primeiro grande BC do mundo a elevar os custos dos empréstimos desde o início da pandemia de coronavírus, no ano passado. O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que possui nove membros, votou por oito a um pela alta da taxa básica de 0,1% para 0,25%.
Para o mestre em economia Benito Salomão, o que está acontecendo com o Banco Central Britânico é o que certamente vai acontecer com os BCs de boa parte dos países desenvolvidos, como o Federal Reserve (FED) — Banco Central norte-americano —, o Banco Central Europeu, e os BCs canadense e australiano.
“O que vai acontecer com esses países todos é que os bancos centrais vão agora apertar a política monetária. Eles vão elevar a taxa de juros para tentar segurar um pouco o surto de inflação que esses países estão vivendo. O Brasil começou esse processo bem antes, mas os demais vão começar a fazer a partir de agora.”
Segundo o economista, havia um certo discurso, “há uns dois, três, seis meses atrás”, de que a inflação se abateu sobre os países, era um fenômeno de oferta. “Diziam que era um choque temporário ligado a preço. Mas a verdade é que essa inflação já vai persistindo e acelerando há bastante tempo. E o remédio que os bancos têm para controlar esse tipo de coisa chama-se taxa básica de juros”, afirma.
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