Correio Debate

Adolfo Sachsida aposta no aumento de postos de trabalho para 2022

Secretário do ministério da Economia ressaltou, em seminário promovido pelo Correio Braziliense, a busca pela redução consistente da relação dívida/PIB

Taísa Medeiros
postado em 11/12/2021 12:30 / atualizado em 11/12/2021 12:40
 (crédito:  Crédito:Reprodução/Video )
(crédito: Crédito:Reprodução/Video )

Realizado na tarde de quinta-feira, na sede do Correio Braziliense, o seminário Desafios 2022: Para onde vai o Brasil recebeu importantes nomes do Legislativo, do Executivo, economistas de renome, representantes do setor produtivo e especialistas em questões ambientais. O último painel da tarde contou com a presença do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, que trouxe dados das políticas econômicas adotadas pelo governo federal.

De início, o secretário ressaltou que, apesar dos desafios socioeconômicos vividos no país, houve um esforço constante na busca pela redução consistente da relação dívida/PIB, problema já antigo nas contas públicas do Brasil. “O Brasil foi o único país do mundo que tomou medidas para o controle do gasto público durante a pandemia”, exemplificou.

Segundo dados mencionados na exposição, o número de servidores ativos no governo federal reduziu, de 2019 para 2021, de mais de 600 mil para 586 mil funcionários. Além disso, Sachsida citou a realização da reforma da previdência, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), da criação do novo marco fiscal, dentre outras medidas que geraram economias para os cofres públicos.

Para o próximo ano, Sachsida projetou, em sua fala, que pelo menos três indicadores da economia brasileira terão perspectivas positivas: o investimento privado, o cenário externo e o mercado de trabalho, com destaque especial para o último ponto. “Com a vacinação em massa e o retorno seguro ao trabalho, uma parcela expressiva de trabalhadores deve ingressar no mercado nos próximos 12 meses”, projeta.

Sachsida destacou que o trabalho não cessa e, para isso, é preciso que a gestão se atente a alguns pontos. “É essencial reduzir a má alocação de recursos, melhorar os marcos legais, privatizações e concessões e manter a política econômica”, destaca. “Críticas existem, mas o setor privado é tão mais eficiente que a sociedade acaba se beneficiando muito mais”.

O secretário ainda enfatizou a necessidade de uma reforma administrativa. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32) foi aprovada, em setembro, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, mas ainda precisa passar pelo plenário da Câmara e do Senado. A intenção do governo era de que fosse aprovada ainda este ano.

"É claro que eu gostaria de ter uma reforma administrativa, mas em uma democracia se avança em consensos. É melhor avançar passo a passo na direção correta do que ficar parado”, defende o secretário, que condiciona o crescimento econômico do país à aprovação desta e de outras reformas estruturais. “Para consertar um país, não tem bala de prata. É você tomar passo a passo as medidas corretas por um período longo de tempo”, conclui.

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