Pré-candidata do MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) está com o bloco na rua e não poupa críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na condução do governo durante o início da pandemia da covid-19, em 2020, na contramão do mundo, quando chegou a imitar uma pessoa sem ar. A parlamentar foi categórica em afirmar que o governo não conhece o Brasil e, muito menos, a diversidade.
"Temos um governo que desconhece o país e que não tem responsabilidade social", afirmou a senadora, nesta quinta-feira (9/12), durante o seminário Desafios 2022: Para onde vai o Brasil, promovido pelo Correio Braziliense e transmitido via redes sociais. "Temos um governo que não conhece as nossas mazelas, não conhece o tamanho da nossa desigualdade e a nossa diversidade", disse.
A senadora apontou como uma das principais qualidades do Brasil a sua diversidade, que segundo ela, "é a liberdade de todos serem o que quiser e acreditarem no que quiser, dentro das regras constitucionais". Ela lamentou o fato de que o Brasil não deverá crescer no ano que vem porque o atual governo está tomando "medidas equivocadas".
"Não tenho esperança no ano que vem, porque não temos timoneiro, não temos piloto. O país é muito rico e não vai crescer com este governo", continuou.
Frente democrática
Segundo a pré-candidata, o MDB vai construir uma grande frente democrática para as eleições de 2022. A presidenciável reforçou ainda que o governo não soube avaliar a gravidade da crise sanitária de 2020, logo no início. "Não podemos esquecer que, no momento mais trágico desde a redemocratização, que foi a pandemia da covid-19, quando o país mais precisou do governo, no momento em que foi preciso do governo com ações e intervenções rápidas, tivemos um presidente fazendo descaso da dor alheia da população, que virou as costas, lavou as mãos e se omitiu", lamentou a parlamentar, que foi uma das mais atuantes nos questionamentos dos depoentes na Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) da covid-19 do Senado.
Em sua fala, Simone Tebet criticou o desaparelhamento dos órgãos de fiscalização ambiental que está prejudicando o setor do agronegócio e que está destruindo os biomas nacionais, "estimulando a grilagem e depredando a biodiversidade".
De acordo com a senadora, nesse momento tão crítico, está em curso no país uma reação dos partidos de centro-direita tentando "minimamente chegar a 2022". "Vejo com bons olhos candidaturas de centro-direita sendo colocadas para que a população possa conhecer alternativas de poder", disse.
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