Mercado financeiro

Bolsas da Europa fecham em alta, com pouco fôlego de Londres

Dados econômicos positivos da China foram corresponsáveis por impulsionar mercado da Zona do Euro

As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, 15, impulsionadas por dados econômicos positivos da China. Houve avanço acima do esperado das vendas no varejo e da produção industrial do país asiático em outubro. Em Londres, o mercado acionário operou em queda durante a maior parte da sessão, mas fechou com leve ganho.

O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,35%, aos 488,43 pontos, enquanto o londrino FTSE 100 teve alta de 0,05%, a 7.351,86 pontos. Antofagasta (-1,88%), BHP (-1,91%) e Glencore (-1,56%) estiveram entre as principais quedas do dia em Londres. A Royal Dutch Shell, por outro lado, subiu 1,44% após a petroleira propor abandonar sua estrutura de ações de duas classes e mudar sua residência fiscal da Holanda para o Reino Unido.

Ainda no cenário britânico, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse que está "muito preocupado" com a trajetória inflacionária no país. O dirigente, contudo, ponderou que os dados do mercado de trabalho são cruciais para que a instituição decida sobre uma eventual alta de juros na reunião de dezembro.

Membro do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do BoE, o economista Michael Saunders, por outro lado, disse que há risco de que a entidade monetária tenha de subir de forma mais rápida e agressiva a taxa de juros caso atrase a decisão de iniciar o aperto.

Investidores europeus ficaram de olho em indicadores da economia chinesa, onde as vendas no varejo subiram 4,9% entre outubro de 2020 e outubro de 2021, e a produção industrial avançou 3,5%, em igual período e base comparativa. Apesar dos dados terem superado a previsão de analistas, a Oxford Economics avalia que eles mostram que a perda de fôlego recente da China se estendeu para o quarto trimestre.

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,34%, a 16.148,64 pontos, e o parisiense CAC 40 teve alta de 0,53%, aos 7.128,63 pontos, ajudado pelo avanço de 1,69% da Airbus. A fabricante de aeronaves recebeu um pedido multibilionário de jatos de passageiros do grupo de private equity dos EUA Indigo Partners, que detém participações na Wizz Air e outras companhias aéreas de baixo custo.

No noticiário local, as exportações da zona do euro, que também foram divulgadas hoje, recuaram 0,4% em setembro ante agosto. No mesmo período, as importações do bloco comum subiram 1,5%.

Em discurso hoje, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou que a perspectiva para a inflação continua "moderada" e que, por isso, é "muito improvável" que os pré-requisitos para uma elevação de juros sejam atingidos até o fim de 2022.

Na Bolsa de Milão, o FTSE MIB avançou 0,49%, a 27.868,13 pontos, e em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,62%, a 5.779,64 pontos. O IBEX 35, de Madri, subiu 0,16%, a 9.095,70 pontos.

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