COMBUSTÍVEIS

CAE convida ministros e presidente da Petrobras sobre aumento de combustíveis

Em reunião da Comissão de Assuntos Econômicos, senadores convidam os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para explicar aumento dos combustíveis

Após levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostrar que o gás de cozinha chegou a R$ 140 e que a gasolina comum encostou em R$ 7,99,  a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (9/11) convite para que os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, prestem informações sobre os sucessivos aumentos no preços dos combustíveis no país.

Segundo o presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento, em 2021, a Petrobras já aumentou 11 vezes o preço da gasolina e 9 vezes o valor do diesel. Neste ano, a gasolina subiu 74%, e o diesel, 64,7%

Inicialmente proposto como convocação, o requerimento foi transformado em convite a pedido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Alguns senadores sugeriram a inclusão de Paulo Guedes entre os convidados, o que foi acatado. “Vamos marcar data para que eles aqui compareçam para prestar esclarecimento sobre os sucessíveis aumentos dos combustíveis. Não há uma explicação por parte do governo. A necessidade é de que a Petrobras possa trabalhar com transparência”, afirmou Otto.

Os senadores enfatizaram não ser aceitável a atual política de preço de paridade internacional, utilizada pela Petrobras. “ 70% do custo do refino do petróleo no Brasil é em real. Não há como aceitar esse preço de paridade internacional todo baseado no dólar”, expôs o presidente da CAE. Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) questionou a dolarização, diante do fato de os petroleiros receberem em real.

“A população está passando dificuldade, porque o aumento de 74% no preço da gasolina em um ano, por exemplo, aumenta a inflação e, em consequência, aumenta a taxa de juros. A inflação de 12% para quem ganha um salário mínimo é R$ 120. Isso não é concebível. Imagina o impacto disso na vida das famílias”, questionou.

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