A modernização dos campos é reconhecida por especialistas como ponto-chave para um melhor desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Para contribuir com esse cenário, o seminário Agro 4.0, iniciativa do Correio Braziliense e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apresentará em fórum 14 projetos-piloto, modelos de solução para aumento da produtividade e redução dos custos da agropecuária. O evento será transmitido ao vivo pelas redes sociais - YouTube, Facebook e Twitter — do Correio, hoje, a partir das 15h30.
A busca por um país de pecuária e agricultura 4.0 se torna especialmente importante ante aos embargos e restrições enfrentados pelo Brasil em suas exportações de carnes e outros produtos que se utilizam de áreas desmatadas em seu processo.
De acordo com o economista Felipe Queiroz, o investimento em soluções tecnológicas desencoraja a prática do desmatamento. Graças à modernização, as áreas já utilizadas pelos produtores se tornam mais produtivas, de modo a dispensar a expansão. Entre outros benefícios, a tecnologia também auxilia na diferenciação entre grileiros de terra, invasores de reservas e outras práticas criminosas e o agronegócio regularizado. O uso da tecnologia auxilia em melhorar a imagem do setor na comunidade internacional. Representa, ainda, um aumento na competitividade do agronegócio brasileiro.
Resultados promissores
Os participantes do Programa Agro 4.0 acreditam que esses projetos contribuem para mudar a realidade de muitas propriedades agrícolas brasileiras. Reduzem gastos com herbicidas, fungicidas, energia elétrica e água, além de promover economia de tempo. Essa perspectiva se torna ainda mais atrativa com a chegada da tecnologia 5G, que pode acabar com o apagão vivido nos campos.
No total, são 12 estados envolvidos com os projetos-piloto, nas cinco regiões do país. As iniciativas envolvem mais de 700 empresas, que lidam com funcionalidades como internet das coisas (IoT); inteligência artificial; sensoriamento remoto; geolocalização e robótica. (MEA)
* Estagiários sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza