O rendimento médio mensal real do brasileiro teve queda recorde de 3,4% em 2020, atingindo seu menor valor desde 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Com a pandemia, o rendimento mensal médio real de todas as fontes do país caiu de R$ 2.292 em 2019, para R$ 2.213 em 2020. Este é o menor valor registrado pela série histórica — iniciada em 2012 — desde 2013, quando ficou estimado em R$ 2.250.
A maior parte das fontes de renda registrou queda. A mais intensa foi notada entre as chamadas “outras fontes”, que englobam aposentadorias, pensão e aluguéis.
Já o rendimento médio mensal habitualmente recebido de todos registrou aumento em 2020, devido à saída de 8,1 milhões de pessoas do mercado de trabalho — a maioria delas recebia rendimentos mais baixos, assim com a elevação dessa média.
O total de pessoas com rendimento de trabalho recuou de 92,8 milhões para 84,7 milhões, representando redução de 44,3% para 40,1% da população. Já o número de pessoas que recebiam outros rendimentos subiu de 16,4 milhões, em 2019, para 30,2 milhões, em 2020, com um aumento de 6,5%.
Ainda segundo o IBGE, dos 211,1 milhões de brasileiros, 128,7 milhões (ou 61%) tinham algum tipo de rendimento.
Diferenças regionais
O maior valor do rendimento médio mensal real foi percebido no Sudeste (R$ 2.575). O menor, no Nordeste (R$ 1.554). Por outro lado, o Sudeste também foi o que registrou maior queda nesse quesito (-4,7%); já no Sul (-4,3%) o recuo foi mais intenso que a média nacional. O Centro-Oeste (-3,3%) acompanhou a média do país; a região Norte, por sua vez, registrou estabilidade do indicador, enquanto o Nordeste apresentou aumento de 1%.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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