O presidente da comissão de Licitação do leilão do 5G, Abrãao Balbino, afirmou que os blocos de 200 MHz, na faixa de 26 gigahertz, não tiveram procura por ser uma faixa “exploratória”. De acordo com Balbino, a falta de apetite já era esperada. Todos esses lotes estão atrelados ao compromisso de conectar escolas públicas do país. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) retomou nesta sexta-feira (5/11) o leilão iniciado ontem, que oferta lotes da tecnologia a 15 empresas participantes, incluindo as gigantes nacionais Vivo, Claro e TIM.
“O principal motivo para a faixa de 26 não ter sido vendida integralmente tem muito mais a ver com algo que a gente já sabia, e não é problema, que é a questão de ser uma faixa exploratória. Tanto que o preço da faixa não foi definido por base de negócios mas, sim, com base no benchmarking internacional”, afirmou.
Abrãao ainda disse que o motivo de colocarem tantas faixas à disposição é não criar uma escassez artificial. “Se a gente colocar pouca faixa em competição, sobe o preço e a arrecadação, mas na prática estaremos com estoque não disponibilizado. A gente disponibilizou muito espectro para saber o que tinha de hipótese, e o que a gente sentiu disso é o fato de ter duas novas empresas (Winity e Fly Link) entrando no mercado. Naturalmente há incerteza. Por isso, eu entendo que haja um desejo um pouco menor dessa faixa. Todo leilão tem sobra de espectro, isso é normal”, explicou.
Ainda segundo o superintendente da Anatel, o orçamento direcionado aos investimentos nas escolas não está definido por não ter um parâmetro de quanto será necessário. O Ministério da Educação deve fazer esse levantamento. Se todos os lotes tivessem sido arrematados, os investimentos seriam de R$ 7,6 bilhões, mas ficou abaixo por conta das desistências. “O edital já está garantindo R$ 3,1 bilhões às escolas e é um valor muito significativo. Esse é de fato o maior compromisso deste leilão”, concluiu.
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