Segundo o ministro da economia, Paulo Guedes, o Brasil vai continuar surpreendendo positivamente. Em participação na CI21 - III Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul, sediada na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta sexta-feira (5/11), ele afirmou que, apesar de estar havendo uma desorganização econômica nos países avançados, o Brasil manteve a economia organizada. Sua participação foi seguida do discurso do vice-presidente Hamilton Mourão.
Guedes explicou que a crise causada pela pandemia da covid-19 provocou uma interrupção nas cadeias produtivas internacionais, um bloqueio das transações internacionais. “As cadeias produtivas globais se desencontraram. Nós estamos vendo agora uma grande crise nas cadeias de fornecimento. E o que era uma maldição para o Brasil, que era essa competição da industria, por outro lado, acabou se tornando uma dádiva, pois tivemos uma interrupção menos agressiva do que nos países que já estavam integrados globalmente, que tiveram uma ruptura nas suas cadeias produtivas”, disse.
“Ou seja, está havendo uma desorganização econômica nos países avançados, e o Brasil manteve a sua organização econômica. Essa falta de integração das indústrias na competitividade global acabou virando uma dádiva. O Brasil manteve a sua organização econômica e eu continuo achando que o Brasil vai continuar surpreendendo positivamente”, reforçou o ministro.
Ainda segundo Guedes, quando o ano começou, os países avançados falavam em crescimento de 6% a 7%, e faziam uma estimativa de 2% no Brasil. “Revendo a expectativa deles agora está abaixo, em torno de 5%, já o Brasil subiu de 2,5% para 5,4%. E nos vamos continuar surpreendendo, com saneamento, telecomunicações, concessões de aeroportos, via Dutra, aeroporto de Santos, Correios, Eletrobras, o 5G. De R$ 544 bilhões, já temos quase R$ 700 bilhões de investimentos contratados para os próximos anos”, enumerou.
Ele citou a crise no setor de energia elétrica, mas reforçou que o Brasil vai voltar a crescer em 2022. “Temos claramente uma crise energética, subindo o preço dos combustíveis, mas temos que enfrentar isso de frente. Por outro lado, é mais uma oportunidade para acelerarmos a nossa transformação do Estado brasileiro”, acredita.
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