Dólar

Dólar sobe com temor fiscal e exterior negativo à espera do Fed

O foco na área fiscal, agora, é na possibilidade de o governo prorrogar o auxílio emergencial ou reeditar o estado de calamidade e usar crédito extraordinário

O dólar volta a subir nesta última sexta-feira de outubro e de disputa técnica da Ptax no mercado de câmbio durante a manhã. O mercado sustenta correção de alta diante da cautela fiscal e com o avanço da moeda americana e dos Treasuries no exterior, que ontem já subiram em todos os vencimentos.

Os investidores já se posicionam para a semana que vem, com previsão da votação da PEC dos Precatórios na Câmara na quarta-feira e divulgação da ata do Copom no mesmo dia, pós feriado nacional pelo Dia de Finados, além da greve dos caminhoneiros confirmada para segunda-feira. Lá fora, os ajustes precificam expectativas do anúncio de início da redução de estímulos nos EUA na reunião do Federal Reserve na próxima semana.

O foco na área fiscal, agora, é na possibilidade de o governo prorrogar o auxílio emergencial ou reeditar o estado de calamidade e usar crédito extraordinário, fora do teto, para financiar o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022, tendo em vista as dificuldades para aprovação da PEC dos Precatórios. Após vários adiamentos na Câmara por falta de quórum, uma nova tentativa de votação da proposta está prevista para a próxima quarta-feira.

Lá fora, os juros dos bônus públicos europeus seguem em trajetória ascendente nesta manhã, após a alta de ontem, em meio a relatos de que investidores precificam a primeira alta de juros do Banco Central Europeu (BCE) em julho de 2022. Ontem, no entanto, a presidente da instituição, Christine Largade, alertou que as expectativas do mercado para aperto monetária não estão alinhadas com o "forward guidance" apresentando pelo Banco.

Às 9h24, o dólar à vista subia 0,38%, a R$ 5,6477. O dólar para dezembro, mais negociado a partir de hoje, ganhava 0,04%, a R$ 5,6775.