O Nubank anunciou nesta quarta-feira (27) em um comunicado que protocolou junto ao regulador americano um documento preparatório para sua listagem na Bolsa de Wall Street, uma nova etapa para a start-up de serviços financeiros avaliada em 30 bilhões de dólares.
David Vélez, um colombiano que já vinha do mundo das finanças, criou o Nubank em 2013, para remediar as insuficiências que via no sistema bancário brasileiro, que cobrava taxas muito altas. A ideia era criar um banco online fácil de usar, com serviços mais baratos.
O Nubank oferece principalmente cartões de débito e crédito gratuitos e um programa de fidelização, controlados pelo cliente através de um aplicativo para smartphones.
Oito anos após sua criação, a empresa tem mais de 41 milhões de clientes no Brasil, segundo resultados publicados em meados de outubro, que também mostraram que no primeiro semestre foram alcançados os primeiros lucros de sua história (76 milhões de reais).
O sucesso da fintech tornou David Vélez, que representa uma nova geração de empresários, um milionário. O CEO e sua esposa prometeram doar a maior parte de sua fortuna, estimada em 5,2 bilhões de dólares pelo site da revista Forbes.
Dotado de uma vantagem tecnológica após colocar a informática e a internet no centro de seu modelo, o Nubank também é um mestre em marketing, com sua imagem jovem e dinâmica. Em junho, a empresa recebeu em seu conselho administrativo a estrela Anitta.
Também anunciou em junho ter levantado 750 milhões de dólares de investidores liderados pela Berkshire Hathaway, o conglomerado financeiro do famoso investidor Warren Buffett. Esta nova operação elevou a avaliação da empresa para 30 bilhões de dólares.
Consultado pela AFP, o Nubank se recusou a divulgar o documento apresentado ao comitê de valores dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC), por considerá-lo "confidencial", segundo comunicado publicado nesta quarta-feira.
A entrada do banco brasileiro na bolsa americana está sujeita à aprovação da SEC. A Nu Holdings, controladora do Nubank, também protocolou documento junto ao regulador brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para propor, paralelamente à ação em Wall Street, BDR, títulos brasileiros vinculados a empresas listadas em outro país.
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