Agronegócio

Pequeno produtor precisa de maior suporte, defende especialista

Em entrevista ao CB.Agro, Leonardo Hamu acredita que o poder público precisa conhecer de perto a realidade do produtores artesanais, que adotam técnicas tradicionais de criação e cultivo. Especialista elogia a formação de mão de obra no DF

Gabriela Chabalgoity*
postado em 22/10/2021 23:08
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Em um mundo marcado pela rapidez na alimentação — redes de fast food, serviço de delivery, comida congelada, self-service — ainda existe espaço para a tradição. É o que defende o zootecnista e produtor agrícola artesanal Leonardo Hamu. “Há um movimento crescente de inserção desse produtor no mercado de trabalho, de forma a transformar essa produção em pequena escala, comercial”, afirmou o especialista em entrevista ao CB.Agro, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, nesta sexta-feira (22).

Leonardo Hamu busca resgatar a cultura alimentar regional, com técnicas de produção utilizadas há várias gerações. Mas ele nota que esse tipo de produtor precisa de um suporte maior da legislação. “A legislação que rege o controle sanitário da produção animal no país, tem origem na legislação americana. Todos os movimentos supostamente inclusivos com os pequenos produtores não têm surtido o efeito esperado", acredita.

Hamu aposta em uma aproximação entre o poder público e os pequenos produtores. “Há necessidade de que os órgãos de controle vinculados ao Ministério da Agricultura ou secretarias de agricultura consigam sentar com os produtores e passem a entender as necessidades deles, e as condições deles para produzir”, ressalta.

Apesar dessas lacunas, o zootecnista vê avanços, particularmente na formação da mão de obra para a produção agrícola. “Nós evoluímos muito. Hoje temos várias escolas de Ciências Agrárias em Brasília, de zootecnia, de agronomia, e temos o Instituto Federal de Brasília com vários cursos. Dentro dessas escolas, temos outros cursos que permeiam e deixam o aluno apto a ser inserido no mercado de trabalho”, avalia.

* Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza 


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