O Tesouro Nacional afirma que o Governo Geral, que inclui governo central, estadual e municipal, registrou aumento nominal de 55,4% na receita, na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o de 2020. As informações constam no Boletim de Estatísticas Fiscais do 2º Semestre, elaborado pelo Departamento de Estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), e divulgado nesta sexta-feira (15/10).
Em nota, o departamento ressalta que a alta na comparação interanual vem da base baixa do último ano, quando “a atividade econômica foi fortemente afetada pela pandemia do coronavírus”. O aumento na receita vem de impostos, aluguéis e venda de bens públicos, prestação de serviços, venda de títulos do Tesouro, além do recebimento de indenizações.
Segundo o boletim, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral alcançou, no 2º trimestre deste ano, 7,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 27,3% do PIB no mesmo período do ano anterior. O documento afirma que, em termos de porcentagem do PIB, a receita aumentou 7,6 ponto porcentual na comparação por período, passando de 31,8% para 39,4% do PIB. “Essa elevação é explicada essencialmente pela melhora na arrecadação a partir do terceiro trimestre de 2020, desde a queda expressiva no 1º trimestre de 2020, efeito da pandemia da covid-19”, justifica.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o PIB brasileiro, atualmente em 2,1 trilhões de reais, recuou -0,1% no segundo trimestre de 2021, comparado ao primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal. Na comparação interanual, porém, o Instituto aponta alta significativa de 12,4%.
Se por uma lado aumentou-se a arrecadação e o PIB, por outro, diminuíram-se as despesas. Os gastos do governo, que no segundo trimestre de 2020 ainda representavam 59,6% do PIB, no primeiro trimestre deste ano apontaram recuo para 47,1%. E diminuíram mais 1,4% no segundo semestre, registrando 46,5% do PIB. No total, o recuo foi 13,1% na comparação entre o primeiro trimestre do ano passado, fase mais crítica da pandemia, até o segundo trimestre de 2021.
Benefícios
Por meio do seu canal de transparência, o Tesouro atribui a redução nas despesas à diminuição dos gastos em benefícios sociais. “No que se refere aos gastos, vale ressaltar a redução dos gastos com benefícios sociais (11,4 p.p. do PIB), principalmente em razão da adoção de medidas de enfrentamento à covid-19 no segundo trimestre de 2020”, diz em nota.
Órgão explica, ainda, que a queda no investimento líquido em ativos não financeiros é explicada, principalmente, pela redução nominal na aquisição de ativos não financeiros (15,8%) e aumento no consumo de capital fixo (12,9%).
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