CONJUNTURA

Cai consumo nos supermercados e a culpa é de vários fatores, internos e externos

A cesta de 35 produtos de largo consumo nos supermercados fechou o mês custando R$ 675,73, com aumento de 1,07% em relação a julho de 2021. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 22,23%

Fernanda Fernandes
postado em 15/10/2021 06:00
Os produtos que tiveram as maiores altas foram a batata (20,9%), o café torrado e moído (10,7%) e o frango congelado (7,1%) -  (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Os produtos que tiveram as maiores altas foram a batata (20,9%), o café torrado e moído (10,7%) e o frango congelado (7,1%) - (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O consumo nos lares brasileiros caiu 2,33% entre julho e agosto deste ano. Conforme levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na comparação com agosto do ano passado, o consumo caiu 1,78%, mas, no acumulado do ano, houve alta de 3,15%.

Segundo a Abras, os percentuais são reflexo de fatores externos e internos, como a alta da inflação e o desemprego, informa a Agência Brasil. “Câmbio, geadas e a população, com bolso mais restrito, tiveram influência no resultado de agosto”, afirmou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

De acordo com a entidade, as datas nas quais o consumo tende a aumentar representam um momento de otimismo para o setor. “Apesar dessa desaceleração, estamos confiantes e manteremos nossa projeção inicial de crescimento de 4,5% para 2021”, reforçou Milan.

A cesta de 35 produtos de largo consumo nos supermercados fechou o mês custando R$ 675,73, com aumento de 1,07% em relação a julho de 2021. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 22,23%.

Os produtos que tiveram as maiores altas foram a batata (20,9%), o café torrado e moído (10,7%) e o frango congelado (7,1%). Também aparecem na lista dos itens cujo preço subiu o sabonete (4,3%) e o ovo (3,7%). As maiores quedas foram de cebola (-4,9%), refrigerante pet (-2,8%), tomate (-2,3%), farinha de mandioca (-1,7%) e feijão (-1,5%).

João Pessoa foi a cidade com maior variação entre agosto de 2020 e agosto deste ano, com alta de 32,47%. Com isso, o valor da cesta na capital paraibana ficou em R$ 624,45 contra R$ 471,37 de 2020. Com avanço de 18,12%, Cuiabá aparece com o menor índice entre as capitais brasileiras, com custo de R$ 535,93 ante R$ 453,70 em agosto passado.

“Estamos acompanhando com atenção a questão dos preços e a variedade de marcas no mercado que cabem em todos os bolsos. É necessário o consumidor pesquisar neste momento”, disse Milan.

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