Com o avanço da vacinação e o aumento da circulação de consumidores, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) acredita que as próximas datas comemorativas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal irão elevar a oferta de vagas temporárias para o comércio em pelo menos 80 mil postos de trabalho entre os associados da entidade até o final do ano.
Só no Estado de São Paulo, a pandemia gerou 55 mil demissões e 10% das lojas fecharam as portas definitivamente, segundo a Associação.
De acordo com uma projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é que haja a contratação de 94,2 mil trabalhadores para atender ao aumento sazonal das vendas neste fim de ano. Destes, pouco mais de 60 mil estarão alocados em shoppings centers.
A maior parte das novas contratações previstas para este fim de ano está concentrada nas regiões Sudeste e Sul.
Só em São Paulo, há previsão de cerca de 25,6 mil novos postos de trabalho; em Minas Gerais, a previsão é de 10,6 mil; no Rio de Janeiro, 7,6 mil e no Paraná, 7,2 mil. Juntos, esses Estados correspondem a 54% do total de vagas geradas.
"O Natal de 2020 coincidiu com a segunda onda da pandemia de covid-19, e isso contribuiu para que a contratação de temporários fosse a menor nos últimos anos. Mas acreditamos neste recomeço e os lojistas associados estão bem confiantes, pois as lojas já têm recebido um fluxo maior de clientes provocando um aumento de vendas a cada mês", comenta Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop.
Os setores de vestuário, acessórios e calçados serão os que mais vão contratar, respondendo por média de 57 mil dos novos postos. Por categoria de trabalhadores, as vagas de vendedores e atendentes serão as mais buscadas para a recolocação. O salário médio inicial está em torno de R$ 1.608,00 e a taxa de efetivação dos temporários, após o Natal, deverá ser de 12,2%.
"Esse é o período que o setor está mais esperando, pois mostra uma virada de chave, e acreditamos na recuperação da economia, sabemos que caminham devagar, mas a esperança e a expectativa dos associados estão reacendendo. Claro que há grandes entraves como a inflação alta, custos mais altos dos insumos e a renda reduzida do consumidor, mas do ponto de vista do comércio devemos comemorar estes dados de recuperação ainda que bem tímidos", finaliza o diretor.
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