Sem investimentos, gargalos de infraestrutura só aumentam
É lamentável que algumas agendas fundamentais para o Brasil acabem sendo pouco debatidas. Tome-se o exemplo da infraestrutura. Não há desenvolvimento sem investimentos robustos em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, sem aportes em transmissão e geração de energia, sem desembolsos capazes de ampliar a cobertura das telecomunicações ou melhorar o saneamento básico. Isso é fato, mas não se vê muita disposição para combater os velhos gargalos que, no final das contas, ameaçam a competividade nacional. Em 2020, segundo dados da consultoria Pezco Economics, o país investiu R$ 115,8 bilhões em infraestrutura, menos do que em 2019 e o equivalente a apenas 1,5% do PIB. Na China, para se ter ideia, o índice está em torno de 7%. Não à toa, o Brasil faz feio nos rankings internacionais. Para o Fórum Econômico Mundial, as rodovias brasileiras ocupam um indigesto 108º lugar entre as melhores do mundo, enquanto os serviços aeroviários estão na posição 67. É uma deficiência que precisa ser imediatamente combatida.
Empresários se unem em defesa da agenda verde
Enquanto a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro continua a ser alvo de críticas, a iniciativa privada entra em cena. Dez entidades setoriais e 105 empresários assinaram um documento que defende, entre outras ideias, o protagonismo brasileiro na agenda verde, o desenvolvimento sustentável e o respeito irrestrito ao meio ambiente. Assinam a carta nomes como Octavio de Lazari Júnior (foto), presidente do Bradesco, Marcelo Melchior, da Nestlé, e João Paulo Ferreira, da Natura.
Promessas de campanha não vingam e burocracia impera no país
O presidente Bolsonaro foi eleito com a promessa de reduzir a burocracia nacional, mas isso nem de longe ocorreu. Basta dar uma olhada em estudos internacionais para comprovar que pouco foi feito. De acordo com o novo relatório do Global Innovation Index, o Brasil é o 106º colocado entre 132 países no quesito “facilidade para abrir uma empresa” e 94º quando se fala em “facilidade para obtenção de crédito.” Por que não se atacou o problema? O governo precisa dar a resposta.
Na Credicard, gastos com turismo disparam
Os gastos com turismo dispararam entre março e agosto, segundo um novo levantamento realizado pela empresa de cartões Credicard. No acumulado do período, as despesas de seus usuários com passagens aéreas subiram 128%. Além disso, o consumo em lojas duty free nos aeroportos aumentou 105%. De acordo com a operadora, o desempenho é resultado da combinação de dois fatores principais: o avanço das campanhas de vacinação e a reabertura de fronteiras mundo afora.
“Os presidentes não herdam problemas. Supõe-se que os conheçam de antemão. Culpar os predecessores é uma saída fácil e medíocre”
Angela Merkel, chanceler alemã, que deixará o governo com 67% de aprovação
8%
foi quanto caíram os pedidos de falência em agosto em relação a julho, segundo dados de abrangência nacional da Boa Vista.
Rapidinhas
» A francesa Leroy Merlin, líder com folga do varejo de material de construção no país, pretende expandir a operação para além da região Sudeste, que concentra dois terços de suas 44 lojas. A meta é abrir 20 unidades em cinco anos, principalmente na região Nordeste. Em 2021, a empresa espera faturar R$ 8 bilhões, 15% acima de 2020.
» O dado é alarmante: quatro em cada cinco bares e restaurantes tiveram que buscar crédito durante a crise do coronavírus, mas apenas metade conseguiu ver a cor do dinheiro. A pesquisa feita pela Abrasel, a associação do setor, identificou que 33% dos solicitantes não conseguiram apresentar garantias para a liberação dos recursos.
» O Airbnb encomendou um estudo ao Instituto Ipsos para conhecer as preferências dos brasileiros na retomada do turismo. De acordo com a pesquisa, 82% dos participantes pretendem fazer viagens de carro para destinos perto de casa. O Airbnb diz que as reservas no Brasil já superaram os níveis pré-pandemia.
» A rede de academias BlueFit, a segunda maior do país, desistiu de abrir o capital. O IPO (oferta pública de ações, em inglês) estava previsto para esta semana, mas o desinteresse dos investidores esfriou os planos da empresa. A expectativa era arrecadar R$ 600 milhões, mas projeções indicavam a captação de metade desse valor.