Inflação persistente, redução do crescimento econômico e avanço da contaminação pelo coronavírus foram os principais fatores para o aumento dos juros. A Taxa Básica de Juros (Selic) passou de 5,25% para 6,25% ao ano. Esse foi o quinto reajuste consecutivo na taxa Selic, mas o ritmo do ajuste aumentou desde agosto, quanto o acréscimo também foi de um ponto percentual.
Entre os fatores para a alta agora em setembro, de acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, estão as “reduções nas projeções de crescimento das economias asiáticas, refletindo a evolução da variante delta da covid-19”. O BC alega, ainda, o aperto das condições monetárias em diversas economias emergentes, em reação a surpresas inflacionárias recentes.
“No entanto, os estímulos monetários de longa duração e a reabertura das principais economias ainda sustentam um ambiente favorável para países emergentes. O Comitê mantém a avaliação de que questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacionários nas economias avançadas podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes”, afirma o relatório.
Para a próxima reunião, o Comitê sinalizou outro ajuste da mesma magnitude. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, apontou.