O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (15/9) que “não faltam exemplos” de choques climáticos afetando a política monetária. Entre uma série de exemplos citados por ele, está a crise hídrica. Ele anunciou hoje as primeiras medidas da Agenda BC# Sustentabilidade, incluindo novidades sobre impedimentos legais e infralegais para contratação de crédito rural em função de questões sociais, ambientais e climáticas — tema antes considerado sensível para o setor agropecuário.
Segundo o presidente do BC, o objetivo da agenda é criar condições para o desenvolvimento de finanças sustentáveis, maior disponibilidade de recursos para empreendimentos sustentáveis e melhor gerenciamento dos riscos climáticos. Campos Neto defendeu que, com o lançamento da agenda, o BC visa liderar pelo exemplo dentro do sistema financeiro nacional, em consonância com melhores práticas internacionais.
Em um primeiro momento, sem dar mais detalhes, Campos Neto informou, contudo, que já existem impedimentos e que eles precisam ser verificados pelas instituições financeiras, mas frisou que a autarquia estabelecerá, em relação a eles, “uma segunda linha de defesa”. O presidente do Bacen também afirmou que no longo prazo esses choques afetam a produtividade, crescimento econômico e a taxa de juros neutra, aquela que permite o máximo de crescimento econômico sem que a inflação acelere.
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