A balança comercial brasileira teve superávit de R$ 7,7 bilhões de dólares em agosto, recorde histórico para o mês na série iniciada em 1989, divulgou o Ministério da Economia nesta quarta-feira (1º/9). A alta das importações em ritmo maior que o das exportações fez o superávit da balança comercial recuar levemente em julho. No mês passado, o país exportou US$ 7,395 bilhões a mais do que importou. Esse foi o segundo melhor resultado da história, só perdendo para julho do ano passado (US$ 7,601 bilhões).
No mês passado, as exportações somaram 27,2 bilhões de dólares, ao passo que as importações alcançaram 19,5 bilhões de dólares. No acumulado de janeiro a agosto, a balança comercial registra superávit de 52 bilhões de dólares, contra saldo positivo de 35,7 bilhões de dólares em igual etapa do ano passado.
Segundo os dados, apesar da queda de 2,7% em valores absolutos, o saldo comercial em julho bateu recorde pelo critério da média diária. Ao dividir o superávit pelo número de dias úteis, o saldo cresceu 1,7% em julho de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o Ministério da Economia, a diferença decorre do fato de que julho deste ano teve 22 dias úteis, contra 23 em 2020.
No mês passado, as exportações somaram US$ 25,529 bilhões, alta de 37,5% sobre julho de 2020 pelo critério da média diária. De acordo os dados, as exportações bateram recorde para todos os meses desde o início da série histórica, em 1989. As importações totalizaram US$ 18,133 bilhões, alta de 60,5% na mesma comparação.
A alta no preço das commodities sustentou as exportações. No mês passado, o volume de mercadorias embarcadas caiu 8% em relação a julho de 2020. Os preços subiram, em média, 43,1% na mesma comparação. Por causa da quebra na safra de milho, afetada pela seca e pelas geadas, as exportações do produto caíram US$ 223 milhões em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Do lado das importações, as compras de combustíveis, de adubos e fertilizantes e de partes e acessórios de veículos apresentaram o maior crescimento. A alta do dólar, associada à elevação no preço internacional do petróleo (usado tanto nos combustíveis como em parte dos fertilizantes), pressionou as importações. No mês passado, o volume importado subiu 31%, e os preços médios aumentaram 15,4%.