A Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou os dados sobre arrecadação de receitas referentes ao mês de agosto de 2021 nesta quinta-feira (23/9). De acordo com o órgão, o valor da arrecadação total no mês foi de R$ 146.463 bilhões, registrando acréscimo real (pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) de 7,25% em relação a agosto de 2020. Desse total, R$ 141.896 bilhões são referentes a receitas administradas pela Receita e o restante é de receitas administradas por outros órgãos, como aquelas referentes a royalties.
Segundo o órgão, de janeiro a agosto deste ano, o valor acumulado em arrecadação total é de cerca de R$ 1,2 trilhão, o que representa um acréscimo pelo IPCA de 23,53%. “É importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de agosto, quanto para o período acumulado. O mesmo acontecendo para os meses de fevereiro, março, abril e maio de 2021”, afirma análise da Receita.
Segundo a RFB, o resultado pode ser explicado, principalmente, pelos fatores não recorrentes como recolhimentos extraordinários de, aproximadamente, R$ 29 bilhões do Imposto Sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), de janeiro a agosto deste ano, e pelos recolhimentos extraordinários de R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano anterior.
A Receita explica que, desconsiderando o efeito desses fatores não recorrentes, o acréscimo real em agosto foi de 6,27% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 13,71%, no período acumulado. E afirma que o resultado positivo também foi impulsionado pelas compensações que cresceram 30% no período acumulado.
Recuperação
Abrindo a apresentação sobre a arrecadação de agosto, nesta quinta-feira, o secretário especial da Receita Federal, José Tostes, afirmou que os novos dados, mais uma vez, refletem a recuperação do ritmo de retomada da economia no país. “A arrecadação tributária tem surpreendido positivamente. Os valores arrecadados têm sido superiores às previsões feitas, de forma recorrente. A trajetória de arrecadação é de recuperação desde agosto de 2020, é sustentável e, conforme análise, tem um importante componente estrutural”, disse Tostes.
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