O dólar opera em queda moderada na manhã desta quinta-feira, em sintonia com o enfraquecimento da moeda norte-americana no mercado internacional. Apesar da menor tensão relacionada à crise de insolvência da Evergrande na China e à política monetária dos Estados Unidos, ainda há volatilidade em alguns ativos, como o petróleo, que voltou a cair. Por aqui, o mercado segue em análises do ambiente macroeconômico, após a elevação da taxa Selic.
O Rabobank considerou o Comitê de Política Monetária (Copom) "hawkish" (duro) na decisão de elevar a Selic em 1 ponto porcentual, a 6,25%. A previsão do banco é de mais duas altas da mesma magnitude até dezembro, quando a taxa de juros chegaria ao fim do ciclo em 8,25%.
"O mercado pode se decepcionar um pouco porque está precificando uma Selic mais alta no fim de 2022, e por isso antecipamos alguma fraqueza de curto prazo do real", afirmam em relatório os estrategistas Maurício Une e Gabriel Santos.
Já o UBS BB elevou a sua projeção de taxa Selic terminal de 8,25% para 9,25%, na esteira do comunicado do Copom.
E a política monetária segue no radar internacional. Nesta quinta, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa básica de juros em 0,10% e o tamanho do seu programa de relaxamento quantitativo (QE) em 895 bilhões de libras, incluindo 875 bilhões de libras em Gilts e 20 bilhões em bônus corporativos, como previsto por analistas.
Segundo comunicado divulgado após o fim da reunião de política monetária, os nove dirigentes do banco central inglês foram unânimes na manutenção do juro básico.
Entre os indicadores econômicos do dia, destaque para o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que subiram em 16 mil na última semana, totalizando 351 mil. O número é superior à expectativa do mercado, de 320 mil solicitações.
Às 9h57, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2918, em baixa de 0,24%.
O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, tinha baixa de 0,36%.
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