A abertura dos mercados nesta quinta-feira (23/9) teve tom otimista. Os índices Dow Jones e S&P 500 iniciaram o pregão com alta de 0,67% e 0,53%, respectivamente. Na quarta-feira (22), o Federal Reserve (Fed) — o Banco Central americano — anunciou que os incentivos à economia seriam mantidos até que se possa ver uma recuperação completa.
Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, a transição deve ocorrer só a partir de novembro e não significa, necessariamente, uma alta nos juros. Com isso, a meta, por enquanto, fica mantida entre 0% e 0,25%, o que deixou investidores animados e se traduziu em movimentos de alta pelas Bolsas do mundo.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo iniciou o dia bem. Na abertura, o índice Ibovespa operava em alta de 0,44% aos 112.772 pontos. O dólar, por sua vez, abriu em estabilidade, cotado a R$ 5,29.
No cenário doméstico, investidores também estiveram com os olhos voltados para o Banco Central do Brasil (BCB). O Comitê de Política Monetária (Copom) agiu como os analistas esperavam e aumentou a taxa básica de juros em um ponto percentual, de 5,25% para 6,25%.
Essa alta deve se repetir na próxima reunião, marcada para os dias 26 e 27 de outubro. A tendência, segundo analistas consultados pelo BC para o Boletim Focus, é de que no fim do ano essa taxa já esteja acima dos 8%, já que a inflação permanece alta e não há, por enquanto, qualquer sinal de trégua.
Na Europa, o dia também começou bem, apesar dos resultados negativos dos PMI de países do continente — índice que mede a temperatura da economia. Para analistas, se a economia está desaquecida, isso significa mais estímulos e, portanto, mais liquidez nos mercados.
Dia D
Hoje também é o dia D da gigante chinesa Evergrande, que deu um susto em investidores pelo mundo ao anunciar um provável calote em juros que vencem nesta quinta-feira. A companhia está à beira da falência e acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas. Para hoje, está previsto o vencimento de US$ 83 bilhões em juros.
Há a expectativa de que o governo chinês salve a companhia, já que a falência poderia significar uma crise econômica de grandes proporções. Na quarta-feira, o Banco Central chinês injetou US$ 16,6 bilhões no sistema bancário, antevendo uma possível queda no mercado. Novas notícias sobre a crise da Evergrande devem sair nesta quinta.
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