Comércio

Movimento do comércio varejista registra aumento de 0,2% em agosto

O resultado veio em linha com aquilo que já era esperado, uma vez que no período, a confiança, tanto do consumidor quanto do comerciante, fraquejou

Agência Estado
postado em 21/09/2021 12:20 / atualizado em 21/09/2021 12:20
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 11/6/20)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 11/6/20)

O desempenho das vendas no varejo no Brasil registrou alta de 0,2% na comparação mensal dos dados dessazonalizados entre os meses de agosto e julho, aponta o indicador antecedente de Movimento do Comércio, da Boa Vista. Mais do que este leve aumento, o indicador mostrou uma redução no ritmo de crescimento com base na comparação interanual, que foi de 1,3% entre os meses de agosto de 2021 e agosto de 2020.

Além disso, os registros da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sugerem que o setor ainda está ganhando corpo após as fortes quedas registradas no ano passado. Ou seja, a concorrência entre ambos os setores deve ser maior nos próximos meses.

De maio a julho, o indicador da Boa Vista havia apresentado altas de 19,5%, 8,6% e 3,9%, respectivamente, na mesma base de comparação. Diante disso, os resultados acumulados, no ano e em 12 meses, pouco mudaram em relação à aferição anterior. No ano, o indicador aponta crescimento de 1,9% até agosto, ante 2,1% em julho, ao passo que, na variação acumulada em 12 meses, ele aponta queda de 0,9%.

Segundo a Boa Vista, "o consumidor que não optar pelo crédito para alavancar seu consumo de bens e serviços, provavelmente terá de escolher entre um e outro dado que a renda já está muito comprometida em relação ao ano passado". "Caso contrário, o aumento esperado no custo do crédito também pode refletir numa redução do consumo", diz, ressaltando que a inflação deve tornar essas escolhas ainda mais difíceis.

A entidade destaca que o atual cenário reforça a necessidade de maiores cuidados em relação ao orçamento. "É algo que ganha ainda mais importância uma vez que o mercado de trabalho, por ora, não reagiu de forma significativa frente aos avanços até aqui observados no combate à pandemia, com aumento da população imunizada e redução das restrições", avalia.

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