Em relatório publicado nesta segunda-feira (20/9) por analistas do banco americano Wells Fargo, é destacado que a desaceleração da economia da China, devido à crise causada pela grande incorporadora Evergrande, deve reduzir a grande demanda do país por produtos importados, deixando assim economias dependentes em situação de maior vulnerabilidade.
Os economistas Brendan McKenna e Jessica Guo mostram que, em análise com base nas oscilações das moedas de um grupo selecionado de emergentes contra a divisa chinesa desde 2016, apontam que o real e moeda dos países, como África do Sul, Rússia, Polônia, México e Colômbia, são as mais sensíveis ao arrefecimento no ritmo de crescimento da China.
Conforme relatório do Wells Fargo, boa parte dos países citados na análise tem suas economias altamente relacionadas aos preços das commodities, cujo principal destino é a China. "Por conta disso, tanto as moedas, como também as bolsas desses países, respondem diretamente à flutuação nos preços dessas matérias-primas. Como resultado, as moedas e as ações de cada um desses países podem ficar sob pressão com a desaceleração da China", escrevem os economistas do Wells Fargo.
Em contrapartida, os economistas americanos avaliam que países menos dependentes da pauta exportadora, como Índia e Israel, tendem a ser mais flexíveis com o desaquecimento chinês. "Ambos são países importadores de commodities, que podem até se beneficiar em um cenário de redução da demanda por matérias-primas por parte da China", apontam os economistas do banco americano.
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