O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI) de agosto veio abaixo da mediana das estimativas dos investidores e levou a um enfraquecimento do dólar ante outras moedas pelo mundo, incluindo o real. A moeda norte-americana operava em alta ante a divisa brasileira nesta primeira hora de negociações, mas acompanhou a influência externa e virou para baixo. A leitura nos EUA é que a inflação abaixo do previsto adia a retirada de estímulos à economia.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de evento do BTG Pactual, afirmou que as surpresas negativas em relação à inflação estão em toda a parte e que os bancos centrais pelo mundo estavam otimistas em relação a uma recuperação com menos inflação. "Os BCs acreditavam em inflação temporária, o que não se mostra verdade", afirmou.
Ainda assim, Campos Neto afirmou que de forma geral o mundo ainda é otimista em relação ao crescimento e que a recuperação do Brasil está na média de grande dos emergentes, que em grande parte voltou ao nível de Produto Interno Bruto (PIB) anterior à pandemia.
Na agenda de indicadores domésticos, destaque para o volume de serviços prestados, que subiu 1,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio idêntico à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta de 0,5% a 2,5%. Na comparação com julho do ano anterior, houve elevação de 17,8% em julho de 2021, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 16,1% a 20,2%, com mediana positiva de 18,0%.
Às 9h52, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2061, em baixa de 0,34%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro recuava 0,28%, a R$ 5,2195. No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede a variação dó dólar ante uma cesta de moedas fortes, tinha baixa de 0,28%.
No confronto com moedas de países emergentes e exportadores de commodities, a tendência predominante também é de queda do dólar, como a verificada ante o dólar canadense (-0,29%), peso chileno (-0,37%) e peso mexicano (-0,10%).
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