A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta terça-feira (14/9), que após quatro altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 5,2 pontos em setembro, para a marca de 58 pontos. Apesar da queda, o indicador mostra que os empresários seguem confiantes, acima da média histórica de 54 prontos, embora o otimismo esteja menos intenso e menos disseminado.
De acordo com os dados, essa percepção ainda positiva se restringe às condições atuais da empresa, cujo índice se manteve acima dos 50 pontos apesar de ter caído de 58,1 pontos para 54,6 pontos. O índice de condições atuais da economia brasileira caiu para abaixo da linha divisória, de 56,2 pontos para 47,3 pontos. Revela, portanto, que o empresário percebe piora nas condições correntes da economia brasileira.
O índice varia de 0 a 100, tendo os 50 pontos como a linha divisória entre falta de confiança e confiança. Foram entrevistados 1.611 empresários, sendo 635 de empresas de pequeno porte, 608 de médio porte e 368 de grande porte, entre 1º e 9 de setembro.
O indicador é composto pela percepção do momento atual e pela expectativa para os próximos seis meses, a partir das condições percebidas pela própria empresa e pela economia brasileira. Neste último aspecto, conforme a pesquisa, houve uma queda de 56,2 pontos para 47,3 pontos no Economia, de agosto para setembro, mostrando que o empresário industrial percebe piora nas condições correntes no cenário econômico.
“A conjunção de fatores como a aceleração da inflação e incertezas decorrentes da crise hídrica e do cenário político influenciaram negativamente a percepção das condições correntes da economia brasileira e, assim, afetaram a confiança do empresário industrial”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Segundo Hugo Passos, economista autônomo, diante do atual conjuntura econômica e política, com incertezas fiscais, teto de gastos, reformas, crise hídrica, disparada da inflação, mostrou que os empresários estão cada vez mais pessimistas com pais. "A indústria ainda sofre muito e os empresários não observe uma melhora na confiança no curto prazo. Será preciso aguardar as medidas econômicas do governo para reverter essas incertezas", afirma.
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