TRANSAÇÕES FINANCEIRAS

Pix: saques no comércio começarão em 29 de novembro

Banco Central divulgou, nesta quinta-feira a, data de início das modalidades Pix Saque e Pix Troco, que serão oferecidas em estabelecimentos comerciais de todo o país

Fernanda Fernandes
postado em 02/09/2021 17:55 / atualizado em 02/09/2021 17:56
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O Banco Central (BC) anunciou para 29 de novembro o início do PIX Saque e PIX Troco em estabelecimentos comerciais de todo o país. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, havia sinalizado a novidade na primeira quinzena de agosto, mas os serviços só foram regulamentados nesta quinta-feira (2/9).

Segundo o BC, todos os consumidores que tiverem contas em instituições financeiras credenciadas ao Pix poderão sacar ou receber troco em dinheiro, por meio da transferência via pagamento instantâneo brasileiro. Os serviços, porém, entram dentro do limite de oito operações gratuitas por mês para as pessoas físicas, que incluem os saques tradicionais. Também haverá limite nos valores das transações no período noturno, entre 20h e 6h, que será de R$500 para Pix Saque e R$100 para Pix Troco, segundo o Banco Central.

Além de estabelecimentos comerciais, poderão oferecer os serviços pequenas instituições financeiras com rede própria de terminais de autoatendimento (ATMs) e caixas 24 horas. 

Ao apresentar os detalhes dos novos serviços do PIX, Carlos Eduardo Brandt, do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, falou sobre as vantagens, não só para o consumidor, como para os comerciantes. Segundo Brandt, o aumento do fluxo de clientes e redução de custos, o diferencial competitivo e o recebimento de tarifa por transação são algumas dessas vantagens.

“A ideia é que tenha toda a flexibilidade possível para que essa operação no comércio tenha eficiência na numeração do mercado e não que a gente imponha isso. Eventualmente, se o comércio não tiver dinheiro em caixa, não tem problema, basta informar que naquele momento o serviço está indisponível”, disse o porta-voz do BC sobre o tema.

A tarifa por transação citada por Brandt, será entre R$ 0,25 e R$ 0,95, a depender da negociação com a instituição de relacionamento do estabelecimento. A adesão aos serviços, segundo ele, será voluntária.

De acordo com as informações do BC, o Pix Saque funcionará de forma bastante intuitiva, em três passos simples. Primeiro, o cliente deverá encontrar um estabelecimento que ofereça o serviço, terminal de autoatendimento do banco ou caixa 24 horas. Em seguida, realizará a leitura com o seu smartphone do código QR gerado. Por fim, autênticará o pagamento e receberá a quantia transferida, em dinheiro.

A facilidade de expansão do serviço, para Campos Neto, além de tornar os saques mais acessíveis nas capitais e centro metropolitanos, promoverá a inclusão em pequenos municípios sem agências bancárias. "Nessas localidades, a pessoa tem que sair, pegar uma van e ir para outra localidade (para sacar dinheiro). A gente entende que o Pix acabou gerando essa inclusão", disse o presidente do BC, quando anunciou as novas modalidades.

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