A conta corrente foi o serviço financeiro mais utilizado pelos brasileiros, indicam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A Pesquisa de Orçamentos Familiares indica que 66,2% dos brasileiros integram uma família titular de uma conta corrente, seguido pela caderneta de poupança, utilizada por 55,9% das famílias brasileiras.
A POF também fez um recorte geográfico de gastos dos serviços financeiros no país. O Sudeste foi apontado como a região com maior parte dos usuários desses serviços, com 18,9% da população vivendo em uma família em que pelo menos um morador teve despesas com cartão de crédito, taxas bancárias ou juros de cheque especial. O Nordeste é o segundo com maior percentual (7,9%), seguido pelo Sul (6,8%), Centro-Oeste (4,1%) e Norte (1,9%).
As famílias com pessoa de referência branca são as que gastam mais com serviço financeiro. O IBGE constatou que a despesa per capita mensal entre os serviços selecionados foi de R$ 124,79. A contribuição de famílias com pessoa de referência branca (R$ 73,62) foi consideravelmente maior que o de famílias com pessoa de referência preta ou parda (R$ 24,69).
A pesquisa também analisou a posse de bens duráveis nas famílias brasileiras. Os bens incluídos na pesquisa foram agrupados entre: automóveis e motocicletas; cozinha e lavanderia (fogão, geladeira, máquina de lavar, etc.); mobiliário (sofá ou poltronas, etc.); TV e informática; som ou mídias (aparelho de som, DVD/Blue Ray, etc.).
Casa sem automóvel
Aproximadamente 52,2% das pessoas entrevistadas faziam parte de uma família em domicílio sem automóvel; 37,5% residiam em domicílios com um automóvel e 10,3% moravam em domicílios com dois ou mais automóveis.
No Brasil, 19,5% da população vive em domicílios com todos os bens citados: 75% em domicílios com mobiliários; 67,4% em casas com algum aparelho de som ou mídia; 45,3% em lares com cozinha e lavanderia; e 41,9% tinham bens de TV e informática em casa.
A pesquisa também apontou que aparelhos eletrônicos foram os bens duráveis mais comprados entre 2017 e 2018 (50,7% do total de gastos com bens duráveis).
* Estagiários sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza