Em junho, a produção industrial ficou estagnada (0,0%) em relação a maio. No mês passado, chegou a avançar 1,4%, interrompendo três meses consecutivos de queda — quando acumulou perdas de 4,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a junho de 2020, houve crescimento de 12%, a décima taxa positiva consecutiva da indústria, que também teve avanço de 22,6% no segundo trimestre de 2021 e de 12,9% no primeiro semestre.
“O acumulado de 12 meses, ao avançar 6,6% em junho de 2021, intensificou o crescimento observado em abril último (4,9%) e permaneceu com trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020 (-5,7%)”, destacou o IBGE.
A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (PIM) mostrou que, apesar da estabilidade em junho, três das quatro grandes categorias econômicas, e a maior parte — 14 das 26 atividades investigadas —, sofreram queda na produção em junho. “Com essa variação nula em junho, o setor permanece no patamar pré-crise, mas no resultado desse mês observa-se uma predominância de taxas negativas entre as atividades industriais”, disse André Macedo, gerente da pesquisa. O menor dinamismo do setor, destaca o pesquisador, está ligado aos efeitos da pandemia da covid-19 na economia.
“Há, no setor industrial uma série de adversidade por conta da necessidade das medidas de restrição, como redução do ritmo produtivo, a dificuldade de obtenção de matérias-primas e o aumento dos custos de produção. Pelo lado da demanda, ou seja, observando a economia como um todo, há também uma taxa de desocupação alta, o que traz uma consequência para a massa de salários. São fatores que não são recentes, mas ajudam a explicar esse comportamento de produção industrial”, afirma.
Diante da conjuntura, o setor industrial fechou o segundo trimestre do ano com queda de 2,5%, na comparação com o primeiro trimestre. Foi a segunda taxa trimestral negativa seguida nessa base de comparação. Na análise de André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, o resultado da produção industrial veio levemente superior às expectativas, que previam leve queda de 0,1%. “Este (-2,5%) é o pior resultado para um trimestre desde o quarto trimestre de 2015, excetuando, é claro, o ano passado com a pandemia. O resultado fraco mostra os desafios da economia brasileira, especialmente em uma semana onde devemos ver um aumento na intensidade de alta na taxa básica de juros em um ponto percentual, para fechar o ano em 7%”, disse o economista.
“O acumulado de 12 meses, ao avançar 6,6% em junho de 2021, intensificou o crescimento observado em abril último (4,9%) e permaneceu com trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020 (-5,7%)”, destacou o IBGE.
A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (PIM) mostrou que, apesar da estabilidade em junho, três das quatro grandes categorias econômicas, e a maior parte — 14 das 26 atividades investigadas —, sofreram queda na produção em junho. “Com essa variação nula em junho, o setor permanece no patamar pré-crise, mas no resultado desse mês observa-se uma predominância de taxas negativas entre as atividades industriais”, disse André Macedo, gerente da pesquisa. O menor dinamismo do setor, destaca o pesquisador, está ligado aos efeitos da pandemia da covid-19 na economia.
“Há, no setor industrial uma série de adversidade por conta da necessidade das medidas de restrição, como redução do ritmo produtivo, a dificuldade de obtenção de matérias-primas e o aumento dos custos de produção. Pelo lado da demanda, ou seja, observando a economia como um todo, há também uma taxa de desocupação alta, o que traz uma consequência para a massa de salários. São fatores que não são recentes, mas ajudam a explicar esse comportamento de produção industrial”, afirma.
Diante da conjuntura, o setor industrial fechou o segundo trimestre do ano com queda de 2,5%, na comparação com o primeiro trimestre. Foi a segunda taxa trimestral negativa seguida nessa base de comparação. Na análise de André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, o resultado da produção industrial veio levemente superior às expectativas, que previam leve queda de 0,1%. “Este (-2,5%) é o pior resultado para um trimestre desde o quarto trimestre de 2015, excetuando, é claro, o ano passado com a pandemia. O resultado fraco mostra os desafios da economia brasileira, especialmente em uma semana onde devemos ver um aumento na intensidade de alta na taxa básica de juros em um ponto percentual, para fechar o ano em 7%”, disse o economista.
Veículos automotores
A maior queda entre as atividades foi na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%), que voltou a recuar após crescer nos meses de abril (1,6%) e maio (0,3%); celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), com o terceiro mês seguido de queda e acumulando nesse período perda de 8,4%; e produtos alimentícios (-1,3%), eliminando parte do avanço de 2,9% registrado em maio, informou o IBGE. Também recuaram produtos de metal (-2,9%), indústrias extrativas (-0,7%), produtos diversos (-5,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%), móveis (-5,2%) e outros produtos químicos (-0,8%).
Entre as 11 atividades que apontaram crescimento na produção, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%) teve o maior impacto positivo no mês, intensificando a expansão de 2,7% registrada em maio último. “Vale citar também os avanços nos ramos de máquinas e equipamentos (2,9%), de outros equipamentos de transporte (11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (12,3%)”, salienta a pesquisa.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-1,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2021, eliminando parte do avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou redução de 11,5%. Outros resultados negativos vieram dos segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), a sétima queda seguida e acumulando nesse período perda de 16,7%; e de bens intermediários (-0,6%), recuando 2,3% em três meses consecutivos de queda.
Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (1,4%) apontou a única taxa positiva em junho de 2021, a terceira expansão seguida nessa comparação e avançando 5,9% nesse período.
Entre as 11 atividades que apontaram crescimento na produção, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%) teve o maior impacto positivo no mês, intensificando a expansão de 2,7% registrada em maio último. “Vale citar também os avanços nos ramos de máquinas e equipamentos (2,9%), de outros equipamentos de transporte (11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (12,3%)”, salienta a pesquisa.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-1,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2021, eliminando parte do avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou redução de 11,5%. Outros resultados negativos vieram dos segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), a sétima queda seguida e acumulando nesse período perda de 16,7%; e de bens intermediários (-0,6%), recuando 2,3% em três meses consecutivos de queda.
Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (1,4%) apontou a única taxa positiva em junho de 2021, a terceira expansão seguida nessa comparação e avançando 5,9% nesse período.