Agência Estado
postado em 23/08/2021 10:22 / atualizado em 23/08/2021 10:22
O dólar opera em queda no mercado doméstico na manhã desta segunda-feira, 23. O cenário externo positivo abre espaço para uma realização de ganhos no câmbio. Mas segundo operadores, há pano de fundo de cautela com a inflação, as contas públicas e a crise institucional no Brasil limitando uma queda mais forte da moeda americana, que fechou a semana passada com alta acumulada de 2,66% e, em agosto, de 3,36%.
O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de vetos e resolveu sancionar emendas de relator e de comissão. Além disso, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre urnas eletrônicas e disse "esperamos contagem pública de votos ano que vem, não podemos conviver com suspeição", inflando apoiadores que organizam atos para 7 de setembro contra a urna eletrônica e a democracia.
Depois de prometer ingressar com segundo pedido de impeachment, contra o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, após entrar com pedido semelhante no Senado contra Alexandre de Moraes, na sexta-feira à noite, o presidente voltou a atacar também a vacina Coronavac nesta manhã: "Uma chinesa aí, tem gente que tomou 2ª dose e está morrendo", afirmou Bolsonaro. A fala sugere dúvida sobre a eficácia do imunizante chinês e pode resultar em novo problema diplomático e comercial para o Itamaraty e ministério da Agricultura administrarem, porque a China é principal parceiro comercial brasileiro.
No exterior, o cenário é de recuperação nas bolsas e no segmento de commodities, com destaque para o petróleo, cujos preços avançam mais de 3% nos futuros de Londres e Nova York. O índice DXY caía 0,34%, a 93,181 pontos há pouco. Às 9h43 desta segunda, o dólar à vista caía 0,62%, a R$ 5,3515. O dólar para setembro cedia 0,49%, a R$ 5,3565.
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