Índice de Compras

PMI Composto sobe a 55,2 em julho, após atingir 54,6 em junho, diz IHS Markit

O índice de novos pedidos do setor privado teve o crescimento mais rápido desde outubro de 2020, com foco no setor industrial, mas também observado em serviços.

Agência Estado
postado em 04/08/2021 13:10 / atualizado em 04/08/2021 13:21
 (crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press - 12/6/20                 )
(crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press - 12/6/20 )
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto do Brasil subiu de 54,6 em junho para 55,2 em julho, divulgou nesta quarta-feira a IHS Markit. A taxa de expansão foi a maior em nove meses, com aumentos acelerados em manufatura e serviços.
O PMI do setor de Serviços, que integra o Composto, foi a 54,4 em julho, após 53,9 em junho, aumento mais significativo em oito anos e meio. O número é puxado por uma forte recuperação do volume de novos negócios, além das empresas terem se beneficiado de um aumento recorde nas vendas internacionais.
O índice de novos pedidos do setor privado teve o crescimento mais rápido desde outubro de 2020, com foco no setor industrial, mas também observado em serviços. O índice de emprego agregado, por sua vez, cresceu pelo segundo mês seguido, no ritmo mais acentuado desde março de 2010. Embora as taxas tenham sido semelhantes, houve diminuição na criação de empregos entre fabricantes de produtos, mas aceleração entre prestadores de serviços.
"As empresas de serviços continuaram com seus esforços para repor os funcionários que haviam sido demitidos no início do ano, o que resultou na maior expansão do índice de emprego desde o início de 2010", explica em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima. "Pressões de capacidade e projeções otimistas de crescimento também contribuíram para a criação de empregos."
Os custos de insumos no nível consolidado se ampliaram e permaneceram elevados em relação aos padrões históricos, mas registraram a taxa mais contida dos últimos dez meses. A taxa geral de inflação também seguiu acima da média de longo prazo, mas caiu para o menor patamar em quatro meses.
"Embora o otimismo em relação às perspectivas para a atividade de negócios tenha se mantido em julho, vários prestadores de serviços confiaram na esperança da generalização das vacinas e recuo da pandemia. Os números positivos para o setor de serviços, juntamente com números promissores para o setor industrial, resultaram em taxas aceleradas de expansão nas vendas do setor privado, produção e empregos no início do terceiro trimestre", acrescenta Pollyanna.
De acordo com a IHS Markit, as empresas de serviços vincularam a melhoria da demanda aos esforços de marketing, ao crescimento da cobertura da vacina e à redução das restrições. Todas as cinco grandes áreas da economia de serviços registraram crescimento de novos negócios e do índice de produção, ambos liderados por Informação e Comunicação.
A elevação da demanda de novos negócios pressionou a capacidade dos prestadores de serviços, com uma taxa recorde de aumento nos volumes de negócios pendentes. Além disso, o aumento dos pedidos em atraso foi o primeiro em nove meses.
O grau geral de otimismo para 12 meses em serviços foi o segundo mais forte em sete meses, atrás de junho, pela expectativa de melhora da pandemia, mas ainda abaixo da média da série.
Em meio à escassez de materiais e flutuações cambiais desfavoráveis, os custos de insumos continuaram aumentando em julho, por custos mais elevados com alimentos, combustível, equipamentos de proteção individual (EPI), quadros de pessoal e serviços públicos. A taxa geral de inflação, porém, chegou ao menor patamar em cinco meses.
 

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