O Ministério da Economia e a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT) apresentaram, nesta segunda-feira (2/8), dados da balança comercial brasileira do mês de julho e dos últimos 12 meses. Segundo o levantamento, este ano, julho registrou recorde histórico para o mês, com R$ 25,5 bilhões em produtos exportados. O número representa um crescimento de 37,5% se comparado a julho do ano passado, quando exportou R$ 19,4 bilhões. A corrente de comércio, que é a soma das importações e exportações, também bateu recordes, com aumento de R$ 43,7 bilhões — 46,2% a mais na comparação por período.
“Os recordes para balança são constantes e, esse mês, não foi diferente. Com o maior número de exportação para o mês de julho da história, temos também o maior recorde da corrente de comercio”, disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
Ainda conforme os dados, a importação no mês passado registrou crescimento de 60,5% no período. Segundo as apresentações realizadas por Herlon, todas as categorias de exportação nacional demonstraram crescimento, com destaque para a indústria de transformação, responsável por 50% das exportações, que cresceu 62,7% no período.
“A indústria de transformação é um destaque não só pelo crescimento em valor mas também pelo aumento das quantidades registradas. Foi o único setor com aumento do quantum mensal de 5,3% em relação a 2020”, explicou Brandão.
Minério de ferro e petróleo
Ainda segundo o subsecretário, é possível observar aquecimento de quase todos os setores, especialmente nos combustíveis, carnes, soja e celulose. A liderança dos altos preços, explica, ficam com o minério de ferro (125,3%) e o petróleo (80,5%). "Tivemos preços recordes para minério de ferro e petróleo, basicamente esses dois produtos são responsáveis pela alta na indústria extrativa”, afirmou.
Na indústria de transformação, segundo os dados do governo, a carne bovina (seja fresca ou congelada) lidera a alta de preços com variação de 33%. O índice quase é alcançado pela soja, no setor de agropecuária, com 32,5 %.
China
O demonstrativo do ME/SECINT também traz dados sobre a exportação brasileira por destino. Segundo o documento, a China se mantém como principal parceiro comercial do Brasil, sendo responsável por 33,4% de todas as exportações. A taxa de participação, contudo, é menor do que a registrada no mesmo período de 2020, quando o país asiático detinha 38,3% dos produtos brasileiros exportados.
Se por um lado a China diminuiu as relações comerciais com o Brasil, por outro, os Estados Unidos, segundo maior importador do país, intensificaram sua participação de 8,8% para 11,7%. "Comparado a julho de 2020, os Estados Unidos apresentaram um aumento de 83,6%, especialmente devido às vendas de óleos combustíveis e produtos siderúrgicos”, afirmou Brandão.
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