O ministro da Cidadania, João Roma, disse nesta quarta-feira (28/7) que a pasta planeja fixar “o maior valor possível” para o programa de transferência de renda do governo federal que substituirá o Bolsa Família. Roma não cravou um valor, mas disse que os R$ 300 citados pelo presidente Jair Bolsonaro são viáveis e que o pagamento pode ser “até maior”.
“O presidente falou em um aumento de cerca de 50% do valor atual. Nós pretendemos que chegue a isso e, talvez, até mais, mas tudo isso vai depender do entendimento, inclusive com a área econômica, no momento oportuno. Neste primeiro momento, o que nós precisamos fazer é a reestruturação dos programas. Existe toda uma operacionalização a ser feita”, afirmou, após uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“A reunião com o ministro Guedes foi para tratar da finalização da reestruturação dos programas sociais do governo Bolsonaro, que nós pretendemos apresentar até o início do mês de agosto, através de uma Medida Provisória, buscando fortalecer o programa de transferência de renda, ampliando a quantidade de beneficiários, mas tornando esses programas não apenas uma teia de proteção para a população em situação de vulnerabilidade, como também propiciando novas ferramentas para que essas pessoas possam, sim, alcançar uma melhor qualidade de vida”, disse.
Datas
Ele detalhou que a ideia do governo é criar um único programa que deve unir iniciativas já existentes, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e incluir projetos de capacitação profissional dos beneficiários. Roma pontuou que o pagamento do auxílio emergencial será feito até outubro. Em novembro deve entrar em vigor a reformulação dos programas sociais do governo, com o início dos pagamentos.